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CNI: Indústria estaciona, estoques crescem e empregos recuam no 3º trimestre
Publicado 20/10/2025 • 14:11 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 20/10/2025 • 14:11 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
Unsplash.
Juros futuros sobem após reforma do IR e dados fortes da indústria.
A indústria brasileira encerrou o terceiro trimestre de 2025 em compasso de estagnação, segundo a Sondagem Industrial, divulgada nesta segunda-feira (20) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os dados mostram que a produção parou, os estoques aumentaram e o emprego recuou em setembro — resultado que evidencia uma demanda interna mais fraca do que o previsto.
De acordo com o levantamento, o índice de evolução da produção industrial ficou em 50,1 pontos, praticamente sobre a linha divisória dos 50 pontos, o que indica estabilidade na comparação com agosto. Já o índice de evolução do emprego recuou para 48,9 pontos, apontando queda no número de trabalhadores da indústria — um movimento incomum para o período, que tradicionalmente registra contratações.
“Os dados mostram um quadro difícil para a indústria. O acúmulo de estoques indesejado ocorre mesmo com um freio na produção. É um sinal de que a demanda veio mais fraca do que os empresários esperavam”, afirmou o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
O índice de evolução dos estoques atingiu 50,8 pontos, revelando um aumento não planejado no volume de produtos armazenados. O nível de estoques em relação ao usual também subiu, de 48,8 pontos em agosto para 50,7 pontos em setembro, ultrapassando o patamar considerado adequado pelos empresários.
A utilização da capacidade instalada (UCI) se manteve em 70%, dois pontos abaixo do mesmo mês do ano passado, refletindo ociosidade crescente no parque industrial.
Apesar do cenário fraco, a sondagem apontou ligeira melhora nas condições financeiras das empresas. O índice de satisfação com a situação financeira subiu de 48,4 para 48,9 pontos, enquanto o índice de lucro operacional avançou de 42,8 para 43,6 pontos — ambos ainda abaixo de 50, indicando insatisfação predominante.
O acesso ao crédito continuou restrito, embora com pequena alta: o índice passou de 39,9 para 40,3 pontos. Já o preço médio das matérias-primas caiu de 57 para 55,2 pontos, sinalizando menor pressão de custos, mas ainda com percepção de aumento.
Os três principais problemas enfrentados pelas indústrias no terceiro trimestre foram:
Outros fatores relevantes citados pelos empresários incluem a falta ou alto custo de trabalhadores qualificados (22,9%) e a competição desleal (19,1%).
Os indicadores de expectativa para os próximos seis meses mostram otimismo moderado. O índice de demanda esperada subiu levemente para 52,5 pontos, enquanto o de compras de matérias-primas caiu para 51 pontos, ainda em território positivo. O índice de expectativa de exportações avançou de 46,6 para 48,6 pontos, reduzindo o pessimismo em relação ao comércio exterior.
Em relação ao emprego, a expectativa de número de trabalhadores recuou para 49,3 pontos, indicando previsão de nova queda nas contratações.
O índice de intenção de investimento subiu de 54,4 para 54,8 pontos, revertendo parte da queda registrada desde o final de 2024. Ainda assim, o nível de disposição para investir segue abaixo do observado nos anos de maior crescimento industrial.
A CNI avalia que o setor industrial enfrenta uma combinação de desafios, marcada por demanda fraca, juros altos e custos tributários elevados, o que limita o ritmo de recuperação. Mesmo com sinais pontuais de melhora financeira, os empresários seguem cautelosos, diante de um ambiente de estoques cheios e pouca reação do consumo interno.
A Sondagem Industrial de setembro ouviu 1.423 empresas entre os dias 1º e 10 de outubro, sendo 592 de pequeno porte, 494 médias e 337 grandes.
Principais números da indústria em setembro (CNI):
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