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Países do sudeste asiático competem pela dominância em inteligência artificial na região

Publicado 16/12/2024 • 16:58 | Atualizado há 4 meses

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • As economias emergentes do sudeste asiático estão em uma corrida para se tornarem o principal hub de inteligência artificial (IA) da região.
  • O bloco de 10 países que formam a ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) já apresenta vantagens competitivas em relação à Europa e aos Estados Unidos.
  • Com mais de 200 milhões de jovens entre 15 e 34 anos, a população da região é altamente conectada e receptiva a avanços tecnológicos.
inteligência artificial

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Pixabay.

Países do sudeste asiático estão em uma corrida para se tornarem o principal hub de inteligência artificial (IA) da região, uma competição que combina esforços de colaboração e disputas silenciosas entre os países.

O bloco de 10 países que formam a ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) conta com 672 milhões de habitantes e já apresenta vantagens competitivas em relação à Europa e aos Estados Unidos.

  • Com mais de 200 milhões de jovens entre 15 e 34 anos, a população da região é altamente conectada e receptiva a avanços tecnológicos.
  • Além disso, iniciativas governamentais voltadas à aceleração da IA podem beneficiar diretamente os trabalhadores locais.

Segundo Jun Le Koay, da consultoria Access Partnership, a inteligência artificial promete ganhos de produtividade em diversas indústrias, o que pode aumentar a renda da força de trabalho. “À medida que as indústrias adotam tecnologias de IA, novos empregos estão surgindo, o que cria oportunidades para que populações de baixa renda desenvolvam habilidades e ocupem posições melhor remuneradas”, afirma.

Além disso, os avanços na infraestrutura digital, incluindo a alta penetração de smartphones — que varia de 65% a 90% nos países membros —, favorecem a adoção da IA.

  • Singapura, por exemplo, está à frente dessa corrida, com uma estratégia de IA nacional lançada em 2019 e atualizada em 2023. O país já investiu US$ 741 milhões (R$ 3,9 bilhões) em centros de pesquisa e desenvolvimento, além de expandir sua força de trabalho especializada em IA para 15 mil profissionais.
  • O Vietnã busca explorar sua capacidade na fabricação de chips e soluções localizadas de IA, como o PhoGPT.
  • O Camboja prioriza o uso de IA no setor agrícola, que representa 22% do PIB nacional.

Embora a ASEAN apresente desafios, como a falta de talentos técnicos e colaborações entre universidades e indústrias, especialistas concordam que o bloco tem potencial para desempenhar um papel significativo no cenário global de IA. A abordagem ética e leve da região contrasta com as regulações rigorosas da União Europeia, demonstrando uma visão pragmática e orientada para o crescimento coletivo.

Por fim, o futuro do desenvolvimento de IA no sudeste asiático dependerá de investimentos contínuos em educação e da capacidade de manter sua população jovem engajada.

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