A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do governo de São Paulo, Natália Resende, anunciou nesta terça-feira (19) a elaboração de um plano climático estadual, que será submetido à consulta pública. A declaração foi feita durante o FT Climate & Impact Summit Latin America e Brasil 2030: Uma Nação de Oportunidades, realizado em São Paulo e organizado pelo Times | CNBC, em parceria com o Financial Times.
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Segundo Resende, o objetivo é envolver empresas e sociedade civil no processo, com propostas de ações e práticas que permitam alinhar a transição energética no estado. “Estamos desenvolvendo um plano climático em São Paulo, que será submetido à apreciação pública, na qual todos poderão dar contribuições, com ações e práticas para ajudar as empresas do estado a convergir e participar deste momento”, afirmou.
A secretária ressaltou ainda o potencial do biometano como alternativa energética. São Paulo produz diariamente 44 mil toneladas de resíduos orgânicos, que podem ser aproveitados em usinas de compostagem para gerar energia renovável. “Descobrimos que temos uma grande chance de desenvolver biometano em São Paulo”, disse, citando a relevância do gás para setores estratégicos como transportes, saneamento e concessões de infraestrutura.
Debate internacional sobre a agenda climática
O encontro, aberto por Michael Stott, editor do Financial Times para a América Latina, reuniu representantes do setor público e privado, além da imprensa internacional. Entre os participantes estiveram Dolph Habeck, Head of Sustainable Solutions, Americas do SMBC; Marina Grossi, presidente do CEBDS; Víctor González Herrera, CEO da Farmacias Similares; e Simon Mundy, editor do Financial Times.
O painel de abertura, intitulado “Advancing Latin America’s Climate Agenda – From Commitment to Action”, discutiu os principais desafios e oportunidades para transformar compromissos ambientais em soluções concretas na região. Os debatedores destacaram a necessidade de atrair investimentos privados, criar marcos regulatórios consistentes e acelerar iniciativas de alto impacto em energia limpa e finanças sustentáveis.
Com a COP30 marcada para 2025 no Brasil, o país foi apontado como protagonista na definição da agenda climática global. O painel abordou ainda como conciliar a condição brasileira de exportador de petróleo com as metas de neutralidade de carbono, além de explorar parcerias para superar lacunas de financiamento e tecnologia.
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