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Investidores preparam ações coletivas após perdas com COEs expostos a Ambipar e Braskem

Publicado 17/10/2025 • 14:01 | Atualizado há 1 dia

KEY POINTS

  • Instituto organiza ação coletiva de investidores para responsabilizar corretoras por perdas com COEs.
  • Produtos vendidos como renda fixa apresentaram riscos elevados, com exposição à Ambipar e Braskem.
  • Entidade questiona deveres fiduciários das plataformas e cobra transparência e diligência na distribuição de ativos.

O colapso de COEs (Certificados de Operações Estruturadas) com exposição à Ambipar e à Braskem acendeu um alerta no mercado financeiro. Vendidos por plataformas como XP Investimentos e BTG Pactual, esses produtos causaram prejuízos expressivos a investidores que acreditavam estar aplicando em alternativas conservadoras.

Diante dos prejuízos de até 93%, grupos de investidores começaram a se mobilizar para mover ações coletivas contra as instituições financeiras responsáveis pela estruturação e distribuição dos papéis, questionando falhas de transparência e adequação de perfil.

A articulação está sendo conduzida pelo Instituto Empresa, que reúne investidores para formar uma tese jurídica mais sólida e representativa. A estratégia busca responsabilizar solidariamente as corretoras e demais participantes envolvidos na estruturação e distribuição dos COEs, com impacto potencial tanto no Judiciário quanto nos órgãos reguladores.

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Os COEs em questão utilizaram instrumentos como debêntures e operações estruturadas com exposição direta à Ambipar e à Braskem. Embora levassem no nome o termo “RF”, amplamente associado à renda fixa e ao perfil conservador, os produtos apresentavam riscos incompatíveis com essa classificação.

“Na percepção do investidor médio, renda fixa se traduz em previsibilidade, baixo risco e estabilidade. Essa nomenclatura reforçou uma expectativa de segurança que não se confirmou”, afirma Eduardo Silva, presidente do Instituto Empresa.

Deveres fiduciários das corretoras em debate

As corretoras têm argumentado que sua função seria apenas intermediar e liquidar ativos, mas para a entidade esse entendimento é insuficiente. Ao oferecer produtos com marca própria, as plataformas assumem também o papel de curadoras, responsáveis por zelar pela qualidade dos emissores e monitorar riscos ao longo do tempo.

“Isso inclui a obrigação de reagir quando houver deterioração da saúde financeira do emissor, como no caso da Ambipar e da Braskem”, ressalta Silva.

Riscos de concentração

A Ambipar era uma das empresas mais promovidas na Faria Lima, com forte apelo ESG e presença em campanhas publicitárias. A concentração de COEs ligados à companhia e à Braskem intensificou as perdas e gerou preocupações sobre governança, transparência e diligência na distribuição dos produtos.

Além dos prejuízos diretos, há risco de efeitos indiretos sobre fundos de investimento e fundos de pensão com alocações nesses ativos.

Alerta para investidores

Para o Instituto Empresa, o episódio evidencia a importância de acompanhar periodicamente o próprio perfil de investidor, desconfiar de produtos com nomes genéricos e exigir transparência na relação com plataformas. “A confiança no sistema financeiro se constrói com informação, fiscalização e, quando necessário, reparação efetiva”, afirma Silva.

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