Os contratos futuros de ouro encerraram a sessão desta sexta-feira (11) em nova máxima histórica, impulsionados pela crescente aversão ao risco nos mercados globais. Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato para entrega em junho avançou 2,11%, a US$ 3.244,60 por onça-troy — o segundo recorde consecutivo. Ao longo do dia, o metal chegou a tocar US$ 3.263,00. Na semana, acumula valorização de 3,5%.
A disparada nos preços reflete a escalada na guerra comercial, após a China elevar as tarifas sobre produtos dos EUA de 84% para 125%. O movimento aumentou a procura por ativos considerados mais seguros, como o ouro, especialmente após a divulgação de dados fracos sobre o sentimento do consumidor norte-americano e uma alta nas expectativas de inflação ao maior nível desde 1981.
Segundo o Commerzbank, o ouro segue bem sustentado pelo cenário de turbulência, com fluxos robustos para ETFs. Em março, os fundos registraram aportes de 92 toneladas, levando o total do primeiro trimestre a 226 toneladas – o maior volume trimestral em três anos. A maior parte das entradas ocorreu em ETFs dos EUA, mas produtos europeus e asiáticos também tiveram captações relevantes.
A TD Securities diz que o ouro atingiu o nirvana. Nas últimas sessões, a situação de sobrecompra, mas subpropriedade, foi complementada por compras em larga escala de ‘compradores misteriosos’.
No radar do mercado também está a expectativa sobre os juros nos EUA. Segundo o CME Group, operadores se dividem entre apostas de corte de 75 e 100 pontos-base até dezembro, com consenso crescente para o início do afrouxamento monetário em junho.
* Com informações da Agência Estado e Dow Jones Newswires
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