‘China aplica uma paciência estratégica para atravessar esse momento’, diz analista sobre a guerra comercial
Publicado 15/04/2025 • 10:49 | Atualizado há 3 dias
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Larissa Wachholz, sócia da Vália Participações e coordenadora do Programa Ásia e do Grupo de Análise da China
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O presidente da China, Xi Jinping, realizou uma série de visitas a países do Sudeste Asiático para fortalecer os laços comerciais e reforçar a imagem de Pequim como um parceiro estável em meio às crescentes tensões globais.
Em entrevista exclusiva ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, nesta terça-feira (15), Larissa Wachholz, sócia da Vália Participações e coordenadora do Programa Ásia e do Grupo de Análise da China, comentou sobre a estratégia do governo chinês.
Segundo a analista, a movimentação recente de Xi Jinping se insere em uma estratégia clara de consolidação da China como um ator confiável na Ásia, especialmente diante das incertezas geradas pelas políticas comerciais dos Estados Unidos. A mensagem tem sido reforçada não apenas por meio de viagens e encontros bilaterais, mas também em editoriais publicados na imprensa estatal chinesa.
“Essas ações mostram que a China defende, sim, um comércio internacional ativo e saudável, o que é fundamental para o seu próprio funcionamento interno. O país é o principal parceiro comercial de mais de 140 nações e depende do fluxo internacional de mercadorias para manter sua economia girando”, explicou a especialista ouvida pela reportagem.
Ainda que o ambiente externo esteja pressionado por tarifas e disputas comerciais, sobretudo com os EUA, Pequim tem adotado uma postura marcada pela cautela.
“Existe uma sensação de calma e, mais do que isso, de preparação. O atual tarifaço, por mais intenso que tenha se tornado, não é exatamente novo. Desde o primeiro mandato de Donald Trump, a retórica de embate comercial já estava colocada. Então, os chineses tiveram tempo para pensar em respostas, tarifárias e não tarifárias, e mostrar que têm condições de resistir a esse momento mais difícil”, afirmou.
De acordo com ela, a China vem aplicando o que muitos chamam de “paciência estratégica”.
“É como se a meta fosse sobreviver a este ciclo político e econômico, atravessar esses quatro anos e, depois, reavaliar os caminhos de reconstrução. O foco continua sendo manter o protagonismo na economia global, sem perder de vista o fortalecimento do consumo interno”, completou.
Apesar dos esforços para ampliar o mercado doméstico, o país ainda depende fortemente da demanda externa. “A base industrial e produtiva da China é a maior do mundo e os consumidores desses produtos estão fora de suas fronteiras. O mercado interno tem avançado, mas ainda não está maduro o suficiente para absorver sozinho toda essa produção. Por isso, garantir relações comerciais saudáveis continua sendo uma prioridade absoluta para Pequim”, concluiu.
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