EUA devem bloquear votação de cessar-fogo em Gaza no Conselho de Segurança
Publicado 04/06/2025 • 14:57 | Atualizado há 2 dias
Publicado 04/06/2025 • 14:57 | Atualizado há 2 dias
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Vítimas da guerra na Faixa de Gaza
Reprodução Fotos Públicas
O Conselho de Segurança da ONU votará nesta quarta-feira (4) uma resolução que pede um cessar-fogo e acesso humanitário irrestrito em Gaza, medida que deve fracassar devido ao veto dos Estados Unidos.
Será a primeira votação do órgão, que conta com 15 membros, sobre o tema desde novembro, quando os EUA — principal aliado de Israel — também barraram um texto que pedia o fim dos combates.
A nova resolução, obtida pela AFP, “exige um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente em Gaza, respeitado por todas as partes”.
O texto também solicita a “libertação imediata, digna e incondicional de todos os reféns mantidos pelo Hamas e outros grupos”.
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Diante de uma “situação humanitária catastrófica” no território palestino, a resolução ainda exige o fim de todas as restrições à entrada de ajuda humanitária em Gaza.
Diversos diplomatas disseram à AFP que esperam que os Estados Unidos usem seu poder de veto. Eles acrescentaram que os representantes dos dez membros eleitos do Conselho, responsáveis por apresentar o texto, tentaram, sem sucesso, negociar com os americanos.
Caso ocorra, este será o primeiro veto aplicado por Washington desde que o presidente Donald Trump assumiu o cargo em janeiro.
Israel tem enfrentado crescente pressão internacional para encerrar a guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas em solo israelense em 7 de outubro de 2023.
As críticas aumentaram diante das dificuldades na distribuição de ajuda humanitária em Gaza, bloqueada por Israel por mais de dois meses antes de permitir, em meados de maio, a entrada de um número limitado de veículos da ONU.
Segundo as Nações Unidas, a medida é insuficiente para atender às necessidades da população.
Uma iniciativa de ajuda apoiada pelos EUA, chamada Fundo Humanitário para Gaza (GHF, na sigla em inglês), também vem sendo criticada por contrariar princípios tradicionais da assistência ao coordenar esforços com uma parte envolvida no conflito.
Na quarta-feira, bombardeios israelenses mataram pelo menos 16 pessoas na Faixa de Gaza, incluindo 12 em um único ataque a uma tenda que abrigava pessoas deslocadas, informou à AFP a defesa civil do território palestino.
Na terça-feira, 27 pessoas morreram no sul de Gaza quando tropas israelenses abriram fogo próximo a um ponto de distribuição do GHF. O Exército afirmou que o incidente está sob investigação.
Na mesma data, o embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, pediu que o Conselho tome uma atitude.
“Todos nós seremos julgados pela história com base no que fizemos para tentar impedir esse crime contra o povo palestino”, afirmou.
O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, criticou duramente o texto da resolução. “Essa resolução não promove o alívio humanitário. Ela o prejudica. Ignora um sistema que está funcionando em favor de agendas políticas”, diria ele ao Conselho, segundo trechos divulgados por seu gabinete.
“Ela ignora o único lado que ainda coloca civis em risco em Gaza: o Hamas.”
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