Inflação da Alemanha permanece inalterada em 2,8% em fevereiro, acima do esperado
Publicado 28/02/2025 • 11:54 | Atualizado há 3 dias
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Publicado 28/02/2025 • 11:54 | Atualizado há 3 dias
Pixabay
A inflação anual da Alemanha ficou inalterada, mas acima das expectativas, em 2,8% em fevereiro, segundo os dados preliminares do instituto de estatísticas Destatis, divulgados na sexta-feira (28).
O dado de fevereiro compara-se com uma estimativa de 2,7% feita por economistas entrevistados pela Reuters. A leitura da inflação anual harmonizada de janeiro também foi de 2,8%, o que já representava uma estabilidade em relação a dezembro.
Em termos mensais, a inflação harmonizada subiu 0,6%, conforme os dados preliminares de Destatis.
A chamada inflação subjacente, que exclui alimentos e energia, foi de 2,6%, abaixo dos 2,9% registrados em janeiro.
O economista Sebastian Becker, do Deutsche Bank Research, afirmou que a queda da inflação subjacente é positiva e observou que esse índice deve continuar a cair conforme o crescimento salarial diminui e a economia em geral permanece morna.
A inflação de serviços, que é amplamente observada, também apresentou uma desaceleração, ficando em 3,8% em fevereiro, após ter atingido 4% no mês anterior.
Apesar da queda, o dado de serviços foi um “gosto amargo” nos números divulgados na sexta-feira, já que a redução foi menor do que o esperado, disse Becker, de acordo com uma tradução da CNBC.
A inflação na Alemanha havia caído abaixo da meta de 2% do Banco Central Europeu em setembro do ano passado, mas se acelerou novamente e permaneceu acima dessa marca crucial por cinco meses consecutivos.
Os dados da Alemanha chegam antes da divulgação do índice de preços ao consumidor da zona do euro, na segunda-feira, e da mais recente decisão do BCE na próxima semana. Em janeiro, o banco central cortou as taxas de juros pela quinta vez desde o início do afrouxamento da política monetária no verão passado, e os mercados esperam amplamente outro corte na quinta-feira.
Os dados de inflação da Alemanha, assim como de outros países da zona do euro, provavelmente “consolidaram” as chances de uma redução de 25 pontos-base por parte do BCE na próxima semana, disse Carsten Brzeski, chefe global de macroeconomia do ING, em uma nota na sexta-feira.
“A principal questão, no entanto, será o que vem a seguir para o BCE”, afirmou, observando que alguns membros da política monetária começaram a resistir a mais cortes nas taxas. Todos os olhos estarão na redação do comunicado pós-anúncio, especificamente se o BCE optará por retirar ou ajustar o rótulo de “restritivo” da sua descrição da política monetária, explicou Brzeski.
Os dados divulgados na sexta-feira também são alguns dos primeiros indicadores econômicos importantes a serem divulgados desde as eleições na Alemanha, realizadas no último fim de semana, em que a aliança conservadora entre a União Democrata Cristã (CDU) e a União Social Cristã (CSU) conquistou a maior parte dos votos.
Isso coloca o candidato líder Friedrich Merz na linha para substituir Olaf Scholz como chanceler, embora pareça provável que a CDU-CSU forme uma coalizão governamental com o Partido Social-Democrata de Scholz.
A economia foi um tema quente durante a campanha, com Merz sugerindo que seus planos de política — incluindo cortes de impostos para empresas e pessoas físicas, redução de burocracia, mudanças nos benefícios sociais e desregulamentação — dariam à economia do país o impulso necessário.
O produto interno bruto da Alemanha tem ficado próximo da zona de recessão há algum tempo e encolheu 0,2% após ajustes de preços, sazonalidade e calendário no último trimestre de 2024, em comparação com os três meses anteriores, de acordo com o Destatis.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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