CNBC

CNBC Ações da Tesla despencam após Trump dizer que DOGE deveria analisar os subsídios de Elon Musk

Mundo

Megaprojeto de Trump passa por pouco no Senado, mas Câmara ainda pode rejeitar mudanças

Publicado 01/07/2025 • 13:29 | Atualizado há 4 horas

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • O Senado aprovou nesta terça-feira (1º) o megaprojeto do presidente Donald Trump, após dias de negociações e uma maratona de emendas que, em alguns momentos, ameaçaram o pacote de políticas domésticas.
  • A votação final foi de 51 a 50, com o vice-presidente JD Vance dando o voto de desempate.
  • Os senadores republicanos Thom Tillis (Carolina do Norte), Rand Paul (Kentucky) e Susan Collins (Maine) romperam com o partido e votaram contra o massivo projeto de gastos.

Daniel Torok / Casa Branca / Flickr

Imagem de arquivo - 30 de maio de 2025. O presidente Donald Trump faz comentários sobre um acordo de parceria com a U.S. Steel e a Nippon Steel na U.S. Steel Corporation-Irvin Works em West Mifflin, Pensilvânia.

O Senado aprovou nesta terça-feira (1º) o megaprojeto do presidente Donald Trump, após dias de negociações e uma maratona de emendas que, em alguns momentos, ameaçaram o pacote de políticas domésticas.

A votação final foi de 51 a 50, com o vice-presidente JD Vance dando o voto de desempate. Os senadores republicanos Thom Tillis (Carolina do Norte), Rand Paul (Kentucky) e Susan Collins (Maine) romperam com o partido e votaram contra o massivo projeto de gastos.

Leia também:

Senado norte-americano aprova abertura do projeto orçamentário de corte de gastos de Trump

Grande e bonito’ projeto de Trump pode elevar déficit em US$ 3,3 trilhões até 2034, diz CBO

Musk chama projeto de Trump de “escravidão da dívida” e propõe fundar novo partido nos EUA

A vitória no Senado, no entanto, pode ser breve, já que o projeto agora segue para a Câmara dos Deputados, onde enfrenta um futuro incerto diante da resistência firme de alguns republicanos.

A Câmara, que havia aprovado sua própria versão do projeto por uma margem apertada, precisa agora aceitar as mudanças substanciais feitas pelo Senado — uma tarefa difícil, especialmente considerando que alguns parlamentares republicanos continuam preocupados com o impacto fiscal da medida.

O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO), órgão apartidário, projeta que o projeto aumentará o déficit federal em pelo menos US$ 3 trilhões na próxima década.

Alguns republicanos da Câmara votaram a favor do pacote a contragosto em maio. Agora, com as mudanças feitas pelo Senado, que incluem cortes mais profundos no Medicaid, os parlamentares vêm expressando resistência contínua.

Com sua estreita maioria, o presidente da Câmara, Mike Johnson, só pode perder três votos dentro do partido para aprovar a legislação por maioria simples.

Ainda assim, senadores republicanos celebraram a aprovação como uma vitória, após uma sessão de trabalho durante o fim de semana e um vote-a-rama recorde, que durou 24 horas.

O projeto superou um obstáculo processual crucial no sábado à noite, após uma longa espera e resistência de alguns parlamentares que pareciam irredutíveis. Durante mais de 24 horas, os senadores votaram dezenas de emendas na maratona do vote-a-rama.

Nos bastidores, a liderança republicana negociava com os dissidentes da bancada, que ameaçavam há dias derrubar o projeto de Trump. Ultrapassado esse impasse, deu-se início à sessão de votação das emendas, em que quase 50 foram colocadas em pauta.

No fim, nenhuma das emendas alterou fundamentalmente o projeto, mas os democratas aproveitaram o processo para forçar os colegas republicanos a se posicionarem oficialmente em temas politicamente delicados.

Agora, com o texto de volta à Câmara, parlamentares correm contra o tempo para tentar colocá-lo na mesa de Trump antes do prazo autodeclarado de 4 de julho.

O pacote, que busca consolidar a ampla agenda de políticas domésticas do presidente Trump, enfrenta um caminho delicado na Câmara.

Membros da ala mais conservadora, como o deputado Chip Roy (republicano do Texas), expressaram frustração com o que consideram uma tentativa do Senado de pressionar a Câmara a votar antes do feriado de 4 de julho, mesmo diante da oposição persistente.

“Dizem por aí que o Senado quer empurrar para a Câmara seu OBBB mais fraco e inaceitável antes de 4/7”, escreveu Roy no X (antigo Twitter) na semana passada, referindo-se ao “one big, beautiful bill” de Trump, que foi renomeado pouco antes da votação.

“Isso não é surpresa, mas seria um erro”, acrescentou Roy, afirmando que “não votaria nesse projeto da forma como está”.

A aprovação no Senado ocorre após Trump intensificar, na semana passada, a pressão sobre os parlamentares para que aprovassem o projeto antes de 4 de julho, aumentando o peso do prazo estabelecido por ele mesmo.

“Aos meus amigos no Senado: tranquem-se em uma sala, se necessário. Não voltem para casa. FINALIZEM O ACORDO ESTA SEMANA”, escreveu Trump no Truth Social na semana passada.

“Trabalhem com a Câmara para que eles possam dar seguimento e aprovar isso IMEDIATAMENTE. NINGUÉM SAI DE FÉRIAS ATÉ ESTAR PRONTO”, continuou.

O líder da maioria no Senado, John Thune, declarou na semana passada que os senadores permaneceriam em Washington, D.C., até a aprovação do projeto, um sinal de que a pressão de Trump estava surtindo efeito.

📌ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no

Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

MAIS EM Mundo