O CEO da Tesla, Elon Musk, que bombardeou o projeto de lei de gastos do presidente Donald Trump por semanas, fez seus primeiros comentários na sexta-feira (4) desde que a legislação foi aprovada.
Musk apoiou uma publicação no X do senador Rand Paul, republicano do Kentucky, que disse que o orçamento do projeto de lei “explode o déficit” e continua um padrão de “politicagem de curto prazo em detrimento da sustentabilidade de longo prazo”.
A CNBC entrou em contato com a Casa Branca para comentar.
A Câmara dos Representantes aprovou por uma pequena margem o One Big Beautiful Bill Act na quinta-feira, enviando-o para Trump sancionar.
Paul e Musk têm sido oponentes ferrenhos do projeto de lei de impostos e gastos de Trump e repetidamente alertaram sobre o potencial do pacote de gastos para aumentar a dívida nacional.
Na segunda-feira, Musk chamou isso de “projeto de lei da ESCRAVIDÃO DA DÍVIDA”.
O Escritório de Orçamento do Congresso, órgão independente, afirmou que o projeto de lei poderia adicionar US$ 3,4 trilhões aos US$ 36,2 trilhões da dívida americana na próxima década. A Casa Branca rotulou a agência de “partidária” e refutou continuamente as estimativas do CBO.
O projeto de lei inclui trilhões de dólares em cortes de impostos, aumento de gastos para fiscalização da imigração e grandes cortes no financiamento do Medicaid e outros programas.
Também corta créditos fiscais e apoio à energia solar e eólica e veículos elétricos, um ponto particularmente sensível para Musk, que tem diversas empresas beneficiadas dos programas.
“Retirei o mandato de veículos elétricos dele, que obrigava todo mundo a comprar carros elétricos que ninguém mais queria (que ele sabia há meses que eu faria!), e ele simplesmente enlouqueceu!”, escreveu Trump em uma publicação nas redes sociais no início de junho, enquanto ambos trocavam insultos e ameaças.
As ações da Tesla despencaram com a intensificação da disputa, com a empresa perdendo US$ 152 bilhões em capitalização de mercado em 5 de junho, o que a colocou abaixo de US$ 1 trilhão em valor. As ações se recuperaram amplamente desde então, mas continuam abaixo de onde estavam sendo negociadas antes da confusão com Trump.
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