A OpenAI anunciou nesta quinta-feira (7) o GPT-5, seu novo e mais avançado modelo de inteligência artificial de grande escala.
A empresa liberou o GPT-5 para todos, incluindo quem usa de graça. De acordo com a OpenAI, o novo modelo é mais inteligente, mais rápido e “bem mais útil”, especialmente para quem trabalha com texto, programação e até mesmo saúde.
“Tentei voltar para o GPT-4 e foi bem frustrante”, afirmou Sam Altman, CEO da OpenAI, durante uma coletiva com jornalistas.
Desde que lançou o ChatGPT em 2022, a OpenAI ganhou destaque mundial. A empresa disse esperar chegar a 700 milhões de usuários ativos semanais no ChatGPT ainda nesta semana, além de estar conversando com investidores sobre uma possível venda de ações, que pode avaliar a empresa em cerca de US$ 500 bilhões (aproximadamente R$ 2,73 trilhões), segundo reportou a CNBC.
A OpenAI explicou que o GPT-5 alucina menos, ou seja, inventa menos respostas do que as versões anteriores. A empresa também destacou que fez uma bateria de testes de segurança durante o desenvolvimento do GPT-5, incluindo 5 mil horas de avaliações.
Em vez de simplesmente negar uma resposta se a pergunta for potencialmente arriscada, o GPT-5 vai usar “respostas seguras”, explicou a OpenAI. Isso significa que o modelo vai dar respostas mais gerais e dentro de limites de segurança, sem fornecer informações que possam ser usadas para prejudicar alguém.
“O GPT-5 foi treinado para reconhecer quando uma tarefa não pode ser realizada, evitar chute e explicar melhor suas limitações, o que reduz afirmações sem base em comparação com os modelos anteriores”, afirmou Michelle Pokrass, líder de pós-treinamento da OpenAI.
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Aplicações práticas e demonstrações do gpt-5
Durante a apresentação, a OpenAI mostrou como o GPT-5 pode ser usado para “vibe coding”, termo usado quando o usuário cria um software com IA a partir de um simples comando escrito.
A empresa pediu para o GPT-5 criar um aplicativo web para ajudar falantes de inglês a aprender francês. O app precisava ter um visual atrativo, incluir atividades como flashcards e quizzes, além de uma forma de acompanhar o progresso diário. A OpenAI colocou o mesmo comando em duas janelas diferentes do GPT-5, e o modelo criou dois apps distintos em questão de segundos.
Os aplicativos ficaram “com alguns detalhes para ajustar”, disse um dos líderes da OpenAI, mas os usuários podem personalizar ainda mais o software criado pela IA, trocando o fundo ou adicionando novas abas, por exemplo.
O GPT-5 começa a ser liberado para os usuários Free, Plus, Pro e Team da OpenAI nesta quinta-feira (7). É a primeira vez que usuários gratuitos vão ter acesso a um modelo de raciocínio, que é capaz de “pensar”, ou seja, construir um raciocínio interno antes de responder. Se o usuário gratuito atingir o limite de uso, ainda poderá acessar o GPT-5 mini.
Quem usa o plano Plus terá um limite maior de utilização, e os usuários Pro terão acesso ilimitado ao GPT-5 e também ao GPT-5 Pro. Os usuários do ChatGPT Edu e do ChatGPT Enterprise devem receber acesso ao GPT-5 por volta de uma semana depois desta quinta-feira (7).
A Box, empresa que ajuda outras companhias a gerenciar seus arquivos digitais, vem testando o GPT-5 em vários conjuntos de dados nas últimas semanas.
Aaron Levie, CEO da Box, contou que os modelos anteriores de IA reprovavam em muitos dos testes mais avançados da empresa, porque tinham dificuldade de lidar com matemática ou lógica em documentos longos. Mas, segundo Levie, o GPT-5 é “um divisor de águas”.
“O modelo consegue reter muito mais da informação que analisa e usa um nível de raciocínio e lógica bem mais alto para tomar decisões”, disse Levie em entrevista à CNBC.
A OpenAI vai lançar três versões diferentes do GPT-5 para desenvolvedores via API: gpt-5, gpt-5-mini e gpt-5-nano. Cada uma foi pensada para diferentes necessidades de custo e velocidade de resposta.
Novos modelos e a visão da openai para o futuro
No início desta semana, a OpenAI lançou também dois modelos de linguagem abertos, algo que não fazia desde o GPT-2 em 2019. Esses modelos servem como opções mais acessíveis, para que desenvolvedores, pesquisadores e empresas possam rodar e personalizar com facilidade.
Já com o GPT-5, a OpenAI quer alcançar um público mais amplo. Segundo a empresa, conversar com o modelo é algo mais natural e “parece mais humano”.
Altman comparou o GPT-5 a ter uma equipe de especialistas com doutorado à disposição a qualquer hora.
“Hoje em dia, as pessoas são limitadas pelas ideias, mas não pela capacidade de executar, de tantas formas novas”, concluiu.
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