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Payroll mostra criação de 119 mil empregos em setembro nos EUA; entenda

Publicado 20/11/2025 • 11:02 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • Payroll indica geração de 119 mil vagas e desemprego estável nos EUA.
  • Mercado de trabalho desacelera, mas setores de serviços seguem contratando.
  • Dados do Payroll podem influenciar juros, dólar e bolsas globais.
Payroll mostra criação de 119 mil vagas em setembro nos EUA

Payroll mostra criação de 119 mil vagas em setembro nos EUA

O mercado de trabalho dos Estados Unidos criou 119 mil vagas em setembro, segundo o relatório Payroll, divulgado nesta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho. O resultado ficou acima da mediana projetada (51 mil), mas indica desaceleração, especialmente porque o emprego total “tem mostrado pouca variação desde abril”, de acordo com o Bureau of Labor Statistics (BLS).

A taxa de desemprego se manteve em 4,4%, praticamente estável, e superior ao patamar de 4,1% observado um ano antes. O Payroll é o indicador mais acompanhado pelos mercados globais para medir a saúde da maior economia do mundo.

O que o Payroll mostra sobre o mercado de trabalho

Segundo o BLS, a criação de vagas se concentrou nos seguintes setores:

  • Saúde: +43 mil
  • Alimentação, bares e restaurantes: +37 mil
  • Assistência social: +14 mil

Já houve perdas significativas em:

  • Transporte e armazenagem: −25 mil
  • Governo federal: −3 mil (acumulando −97 mil desde janeiro)

Setores como construção, manufatura, varejo, financeiro e tecnologia apresentaram pouca ou nenhuma variação.

Revisões negativas e impacto para a leitura do Payroll

O relatório revisou para baixo os dados de julho e agosto, retirando 33 mil vagas das estimativas anteriores. Com isso, o retrato acumulado reforça a narrativa de um mercado de trabalho mais fraco e com geração moderada de empregos.

Salários e jornada de trabalho

O Payroll também mostrou:

  • Alta de 0,2% no ganho médio por hora trabalhada, para US$ 36,67
  • Crescimento anual de 3,8% nos salários
  • Jornada média estável em 34,2 horas

Os salários continuam avançando, mas em ritmo compatível com uma economia em desaceleração gradual — algo acompanhado de perto pelo Federal Reserve.

O impacto do shutdown sobre o Payroll de setembro

O relatório de setembro foi divulgado com seis semanas de atraso por causa do shutdown do governo federal norte-americano.
Segundo o BLS:

  • A coleta da pesquisa domiciliar já estava concluída antes da paralisação.
  • Parte dos dados da pesquisa empresarial foi enviada por empresas durante o shutdown.
  • Como resultado, o índice de resposta ficou acima do normal (80,2%).
  • O BLS não publicará relatório de outubro.
  • Os dados de novembro serão divulgados apenas em 16 de dezembro.

Como o Payroll funciona e por que mexe nos mercados

O Payroll é composto por dois levantamentos mensais:

  1. Household Survey – mede desemprego, participação na força de trabalho e características demográficas.
  2. Establishment Survey – mede criação de empregos, salários e horas trabalhadas por setor.

O indicador exclui trabalhadores agrícolas, domésticos, militares, autônomos e funcionários de ONGs — por isso é chamado de Emprego Não-Agrícola.

Por cobrir cerca de 80% dos empregos que compõem o PIB americano, o Payroll é considerado o principal termômetro da atividade econômica dos EUA.

Força de trabalho: desemprego estável e participação praticamente sem mudança

O Payroll mostrou que:

  • 7,6 milhões de pessoas estavam desempregadas em setembro
  • A taxa de participação ficou em 62,4%, estável
  • A relação emprego-população é de 59,7%
  • O número de trabalhadores em “empregos parciais por necessidade” ficou em 4,6 milhões

Destaques demográficos:

  • Desemprego de mulheres adultas subiu para 4,2%
  • Desemprego entre asiáticos aumentou para 4,4%
  • Outras categorias mostraram pouca variação no mês

O que o Payroll significa para juros, dólar e bolsas

O Payroll costuma gerar fortes movimentos nos mercados financeiros por três motivos:

  1. Indica o ritmo da economia:
    Mais empregos → economia aquecida
    Menos empregos → economia perdendo força
  2. Afeta as decisões do Federal Reserve:
    Um mercado de trabalho forte tende a pressionar salários e inflação.
    Isso pode levar o Fed a manter ou subir juros.
  3. Movimenta o dólar e bolsas globais:
    Dados fortes → dólar sobe, ativos de risco sofrem
    Dados fracos → dólar cai, bolsas reagem positivamente

O resultado deste mês, acima das projeções, mas ainda em desaceleração no acumulado, reforça a visão de que a economia americana avança em ritmo moderado — nem aquecida demais, nem próxima de uma recessão.

Por que o Payroll importa para o Brasil

O indicador influencia:

  • a cotação do dólar, que afeta toda a cadeia produtiva brasileira
  • o fluxo de capitais para mercados emergentes, como a B3
  • decisões de política monetária no Brasil, já que o BC acompanha o cenário externo

Como os EUA são a maior economia do mundo, qualquer mudança de trajetória do mercado de trabalho se reflete globalmente.

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