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Suécia sente impacto das tarifas dos EUA antes mesmo de sua aplicação total
Publicado 06/06/2025 • 09:40 | Atualizado há 1 uma semana
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Publicado 06/06/2025 • 09:40 | Atualizado há 1 uma semana
KEY POINTS
As tarifas de Trump geraram preocupações sobre uma possível recessão, com o crescimento econômico desacelerado
Pixabay
A economia da Suécia e as finanças das famílias já estão sendo afetadas pelas tarifas comerciais dos Estados Unidos, mesmo antes de as medidas entrarem em vigor por completo, afirmou a ministra das Finanças sueca, Elisabeth Svantesson, à CNBC.
“Nossa economia e as finanças públicas são muito sólidas. Temos uma dívida baixa e conseguimos arcar com muitas despesas. Mas oito em cada dez suecos poupam ou investem em fundos e bolsas de valores. Então, quando o mercado oscila, isso pesa para as famílias”, disse Svantesson na terça-feira.
A ministra criticou a postura de Donald Trump em relação à política comercial. “O presidente dos EUA está realmente apostando alto aqui. É um jogo sem vencedores, custoso para as famílias — e isso me entristece.”
O banco central sueco, o Riksbank, já havia alertado que as mudanças abruptas nas políticas comercial e de segurança dos EUA vinham provocando “movimentos substanciais no mercado” e aumentando a incerteza global.
Indicadores também mostram os reflexos dessa tensão na economia sueca. O PIB do país encolheu 0,2% no primeiro trimestre, e o Ministério das Finanças revisou para baixo suas projeções de crescimento para 2025 e 2026, agora estimadas em 1,8% e 2,3%, respectivamente. A razão, segundo o governo: tarifas e incertezas externas.
Com cerca de 10,5 milhões de habitantes, a Suécia é uma das nações com maior cultura de investimento pessoal da Europa. Durante décadas, o país incentivou o investimento em ações e fundos como forma de poupança. Atualmente, 80% da população investe em fundos — e quando consideradas as contribuições obrigatórias para a aposentadoria, praticamente todos os suecos se tornam poupadores de fundos.
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Dados da agência de estatísticas do país mostram que, em 2024, as famílias suecas possuíam 268 bilhões de coroas suecas (US$ 27,8 bilhões) em poupança financeira líquida, sendo 138 bilhões de coroas (US$ 14,3 bilhões) aplicadas em fundos. O sueco médio poupou cerca de 1.000 coroas suecas por mês no último ano.
No primeiro trimestre de 2025, os ativos totais dos fundos de investimento do país somavam 7,75 trilhões de coroas suecas. Segundo a Associação Sueca de Fundos de Investimento, o país é “líder mundial em poupança de fundos”.
Apesar do perfil mais resiliente dos investidores suecos, a instabilidade provocada pelas tarifas começa a afetar decisões. “Os poupadores estão acostumados com oscilações de curto prazo e têm um horizonte de longo prazo. Mas nossas estatísticas mostram que, neste início de ano, houve retirada de fundos americanos e aumento em aplicações em fundos europeus e suecos”, afirmou Fredrik Pettersson, analista-chefe da associação.
A política tarifária dos EUA está impactando diretamente o sentimento das famílias suecas. Morten Lund, economista-chefe para a Escandinávia no JPMorgan, afirmou à CNBC que a confiança do consumidor caiu de forma significativa desde as eleições americanas.
“Passamos de uma das maiores confianças entre os países desenvolvidos para a menor. Isso está diretamente ligado à incerteza tarifária”, afirmou. Segundo ele, essa queda de confiança já começou a se refletir no consumo e nos dados econômicos.
“O PIB do primeiro trimestre decepcionou, e com os atuais níveis de confiança, é provável que vejamos outro número fraco no segundo trimestre”, disse.
Com exportações representando cerca de 55% do PIB em 2024, a economia sueca é especialmente sensível a tarifas comerciais. As principais exportações para os EUA incluem automóveis, máquinas, produtos farmacêuticos, papel, ferro e aço — este último agora sujeito a uma tarifa de importação de 50%.
Inicialmente, Trump havia anunciado tarifas de 20% sobre produtos da União Europeia como parte de uma campanha por “tarifas recíprocas”.
Em abril, reduziu a alíquota para 10% por 90 dias para permitir negociações. No fim de maio, no entanto, afirmou que pretende estabelecer uma tarifa fixa de 50% sobre produtos do bloco.
A UE tem até 9 de julho para concluir um acordo com os EUA. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tenta obter mais tempo nas negociações.
Enquanto isso, o impacto é sentido na ponta. “Somos uma economia aberta e dependente de exportações”, disse Svantesson. “Com tanta incerteza, as empresas estão adiando investimentos. Ninguém sabe se a tarifa será de 10%, 20% ou mais.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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