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Tarifas do Trump

FMI não espera uma recessão este ano, apesar das tarifas

Publicado 18/04/2025 • 08:38 | Atualizado há 23 horas

AFP

KEY POINTS

  • As tarifas impostas pelo presidente Donald Trump desacelerarão a economia global, mas não se espera que entre em recessão este ano, disse a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.
  • "As nossas projeções de crescimento são de baixa, mas não mostram uma recessão", explicou Georgieva.
  • Trump estabeleceu tarifas mínimas universais de pelo menos 10% sobre todos os produtos que entram nos Estados Unidos, em vigor desde 5 de abril, e de até 145% sobre os produtos chineses.

As tarifas impostas pelo presidente Donald Trump desacelerarão a economia global, mas não se espera que entre em recessão este ano, disse a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, na quinta-feira (17).

“As nossas projeções de crescimento são de baixa, mas não mostram uma recessão”, explicou Georgieva em seu discurso de abertura antes das reuniões do FMI e do Banco Mundial, que começam na terça-feira e nas quais a instituição apresentará as previsões atualizadas para a economia global.

Trump estabeleceu tarifas mínimas universais de pelo menos 10% sobre todos os produtos que entram nos Estados Unidos, em vigor desde 5 de abril, e de até 145% sobre os produtos chineses, além dos impostos existentes antes de seu retorno à Casa Branca no final de janeiro.

“Houve algumas mudanças bastante significativas no ambiente econômico global”, reconheceu Georgieva, “mas o que aprendi na minha carreira é que a percepção é fundamental”, especialmente quando se trata de alimentar a incerteza entre mercados e consumidores.

“Com os recentes aumentos, pausas, escaladas e isenções das tarifas alfandegárias, está claro que a taxa efetiva nos Estados Unidos atingiu níveis não vistos há muito tempo”, enfatizou a chefe do FMI.

Diversos estudos estimam que as tarifas atualmente aplicadas nos Estados Unidos giram em torno de 20%, levando em conta as últimas isenções anunciadas sobre semicondutores e produtos eletrônicos, um patamar não visto há quase um século.

As tensões comerciais entre Estados Unidos e China aumentaram exponencialmente. Em retaliação, Pequim impôs tarifas de 125% sobre os produtos americanos.

“Isso terá consequências porque, enquanto os grandes se enfrentam, os países menores estão no meio do fogo cruzado. China, União Europeia e Estados Unidos são os maiores importadores”, afirmou Georgieva.

Qual é a consequência? “O tamanho importa e eles são capazes de causar efeitos enormes no resto do mundo”, alertou.

“Podemos cooperar”

Apesar de tudo, Georgieva vê oportunidades “desde que respondamos de forma inteligente”, como construir “uma economia global mais equilibrada e resiliente” às crises.

Isso significa que todos os países precisam “colocar seus assuntos em ordem” porque “não há espaço para adiar as reformas necessárias”, especialmente em um mundo “de crescente incerteza e que enfrenta choques frequentes”.

Isso requer “ações orçamentárias decisivas para reconstruir o espaço financeiro necessário e um caminho de ajuste gradual que respeite as estruturas orçamentárias”, insistiu.

Também é preciso compensar o fato de que outros países estão atrasados em relação aos Estados Unidos em termos de produtividade.

Entre as soluções defendidas pela diretora-gerente do FMI estão: “reformas ambiciosas do setor bancário, dos mercados de capitais, das regras de concorrência, do direito de propriedade intelectual e uma adaptação aos usos da inteligência artificial”.

Os países também devem corrigir seus principais desequilíbrios, em alguns casos em seus orçamentos, como Estados Unidos e França, e em outros em suas balanças comerciais, como China e Alemanha.

“No FMI, sabemos que esses reequilíbrios são difíceis, mas necessários”, enfatizou.

Em um mundo que agora é “multipolar”, a “prioridade mais importante é garantir que possamos cooperar” e o FMI deve desempenhar um papel como um “lugar essencial para o diálogo”, concluiu Georgieva.

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