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Tarifas do Trump

Nasdaq tem maior alta desde 2001; ‘rali’ no mercado lembra crises anteriores e ocorre após recuo de Trump em tarifas

Publicado 09/04/2025 • 18:08 | Atualizado há 6 dias

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • O Nasdaq registrou alta de 12% nesta quarta-feira (19), a segunda maior da história do índice, em um movimento semelhante aos observados durante momentos de crise anteriores. Foi o maior avanço desde janeiro de 2001, no auge do colapso das empresas de tecnologia.
  • Durante a crise financeira de outubro de 2008, o Nasdaq teve dois de seus cinco melhores dias. Outros dois ocorreram durante o estouro da bolha da internet. O sexto melhor desempenho diário desde 1971 foi em 13 de março de 2020, com o avanço da pandemia de Covid-19 nos Estados Unidos.
  • Analistas classificam esse tipo de movimento como “repique técnico”, “alívio temporário” ou “cobertura de posições vendidas”. É um comportamento comum durante períodos de forte instabilidade.
Bolsas de Nova York.

Pexels.

O Nasdaq registrou alta de 12% nesta quarta-feira (19), a segunda maior da história do índice, em um movimento semelhante aos observados durante momentos de crise anteriores. Foi o maior avanço desde janeiro de 2001, no auge do colapso das empresas de tecnologia.

Durante a crise financeira de outubro de 2008, o Nasdaq teve dois de seus cinco melhores dias. Outros dois ocorreram durante o estouro da bolha da internet. O sexto melhor desempenho diário desde 1971 foi em 13 de março de 2020, com o avanço da pandemia de Covid-19 nos Estados Unidos.

Das 25 maiores altas diárias do Nasdaq, incluindo a desta quarta-feira, 22 ocorreram durante o colapso das empresas ponto com, a crise financeira de 2008-2009 ou no início da pandemia. Uma foi registrada em 21 de outubro de 1987, dois dias após a “Segunda-feira Negra”. Outra ocorreu em novembro de 2022.

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Analistas classificam esse tipo de movimento como “repique técnico”, “alívio temporário” ou “cobertura de posições vendidas”. É um comportamento comum durante períodos de forte instabilidade.

O mês mais negativo da história do Nasdaq foi outubro de 1987, com queda de 27%. O segundo pior foi novembro de 2000, com recuo de 23%. Em março de 2020, o índice caiu 10%. Neste mês, o índice ainda acumula baixa de 1%, após o pior trimestre desde 2022.

O movimento desta quarta-feira foi impulsionado pelo anúncio do presidente Donald Trump de reduzir as novas tarifas de importação de parceiros comerciais para 10%, por um período de 90 dias, com o objetivo de abrir espaço para negociações. A publicação do presidente em rede social elevou a expectativa de que as tarifas seriam menos severas do que o previsto, impulsionando os mercados.

Empresários e doadores do Partido Republicano criticaram a política tarifária. O gestor de fundos Bill Ackman, o cofundador da Home Depot, Ken Langone, e o investidor Leon Cooperman manifestaram-se contra as medidas. O presidente do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, afirmou que as tarifas podem levar à recessão. Já o presidente da BlackRock, Larry Fink, disse em evento que “a maioria dos presidentes de empresas com quem converso acredita que já estamos em recessão”.

Elon Musk, CEO da Tesla e aliado próximo de Trump, criticou o conselheiro comercial da Casa Branca, Peter Navarro. Musk chamou Navarro de “idiota” e disse que ele é “mais burro que um saco de tijolos”.

As ações da Tesla, que haviam caído 22% nos quatro pregões anteriores, subiram 23% nesta quarta-feira, no segundo melhor desempenho diário da empresa.

A diferença entre a atual volatilidade e as quedas de 1987, 2000-2001, 2008 e 2020, segundo investidores, é que a situação poderia ter sido evitada e pode ser revertida conforme as decisões do presidente.

O investidor Ken Fisher escreveu em rede social: “O que Trump anunciou na quarta-feira é estúpido, errado, extremamente arrogante, ignorante em termos comerciais e tenta resolver um problema inexistente com ferramentas equivocadas. No entanto, pelo que consigo perceber, isso vai desaparecer e fracassar, e o medo é maior do que o problema, o que é positivo para o mercado”.

Trump, em entrevista no domingo, declarou que não tenta derrubar o mercado, mas que “às vezes é preciso tomar um remédio para resolver algo”. Acrescentou que é necessário corrigir o déficit comercial com a China e afirmou: “se não resolvermos esse problema, não vou fechar nenhum acordo”.

Na quarta-feira, o presidente anunciou aumento da tarifa para importações vindas da China, elevando-a para 125%. Os demais países continuariam sujeitos à tarifa-base de 10% enquanto durarem as negociações.

Antes do anúncio, preocupações econômicas já afetavam o mercado de títulos. O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos, que influencia as taxas de hipotecas, cartões de crédito e empréstimos, chegou a 4,51% após atingir 3,9% na semana anterior. No momento, está em 4,38%.

Com a aproximação da divulgação dos resultados trimestrais das grandes empresas de tecnologia — que representam parcela significativa do Nasdaq e do S&P 500 — executivos buscam previsibilidade para orientar projeções até 2026. Na ausência de maior clareza, planos devem ser adiados, enquanto empresas avaliam o impacto das tarifas sobre custos e receitas e as medidas necessárias para ajustar suas cadeias de suprimento.

O dia de quarta-feira representou um alívio momentâneo. Investidores como Ackman comemoraram.

“Foi uma execução brilhante de @realDonaldTrump”, escreveu Ackman em rede social. “Manual do ‘A Arte da Negociação’”.

Em nota, o analista Dan Ives, da Wedbush, declarou: “Foi a notícia que nós e todos em Wall Street estávamos esperando”, após o que chamou de “Armagedom autoinfligido” por Trump.

Apesar do otimismo pontual, empresas que dependem de políticas estáveis continuam enfrentando incertezas.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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