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Tarifas do Trump

Como a União Europeia tenta evitar tarifas de Trump em meio a jogo de pressão comercial

Publicado 18/07/2025 • 10:18 | Atualizado há 5 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • União Europeia tenta fechar acordo comercial com os EUA antes do prazo de 1º de agosto imposto por Donald Trump.
  • Trump propôs tarifa de 30% sobre produtos importados do bloco europeu.
  • Segundo o governo polonês, a UE trabalha com uma estratégia em quatro frentes para lidar com a ameaça tarifária.
O presidente dos EUA, Donald Trump, fala com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, antes de sua reunião no Fórum Econômico Mundial em Davos, em 21 de janeiro de 2020.

O presidente dos EUA, Donald Trump, fala com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, antes de sua reunião no Fórum Econômico Mundial em Davos, em 21 de janeiro de 2020. (Foto: JIM WATSON/AFP)

JIM WATSON/AFP

Os Estados Unidos endureceram o tom e mantiveram o plano de aplicar tarifas de 30% sobre produtos da União Europeia a partir de 1º de agosto. A medida faz parte da estratégia do presidente Donald Trump para forçar um novo acordo comercial com o bloco europeu.

Faltando menos de duas semanas para o prazo final, a UE continua negociando com autoridades americanas, mas também prepara uma série de medidas de retaliação caso o entendimento não avance a tempo.

Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, a União Europeia tem se mostrado “muito ansiosa” por um acordo. Em entrevista coletiva na quinta-feira (17), Leavitt disse que Bruxelas estuda maneiras de reduzir tarifas e barreiras não tarifárias que, segundo Washington, prejudicam empresas e trabalhadores americanos.

Leavitt também afirmou que Trump não aceitará adiar o prazo. O presidente americano ficou conhecido por ameaçar tarifas pesadas e depois recuar — comportamento que rendeu o apelido irônico de TACO (“Trump Always Chickens Out”, ou “Trump sempre amarela”).

A estratégia da UE em quatro frentes

Michal Baranowski, subsecretário de Estado da Polônia para Desenvolvimento Econômico, explicou que o plano europeu está dividido em quatro eixos:

  1. Negociar de boa-fé com os EUA, com foco na busca por um acordo até o prazo estabelecido.
  2. Preparar medidas de retaliação, caso o acordo fracasse. Isso inclui resposta às tarifas sobre aço e alumínio e um pacote inicial de €72 bilhões em tarifas recíprocas.
  3. Dialogar com outros países afetados pelas tarifas americanas, para trocar informações e entender o posicionamento de parceiros também impactados.
  4. Reforçar a competitividade europeia, com ações voltadas a tornar as empresas do bloco mais resilientes no longo prazo.

Baranowski destacou que a União Europeia representa a relação econômica mais importante para os Estados Unidos. “Washington tem tanto a perder quanto a ganhar com esse relacionamento”, afirmou.

As declarações foram dadas pouco após o principal negociador comercial da UE, Maroš Šefčovič, ter visitado Washington para mais uma rodada de conversas com autoridades americanas.

Relação comercial em risco

A possibilidade de novas tarifas representa um grande golpe para a UE. O bloco de 27 países tenta fechar um acordo preliminar para evitar que Trump formalize a imposição das tarifas sobre todas as exportações europeias.

Segundo a própria Comissão Europeia, UE e EUA mantêm a maior relação bilateral de comércio e investimento do mundo, respondendo por cerca de 30% do comércio global e 43% do PIB mundial.

Em 2023, o comércio entre os dois blocos movimentou € 1,68 trilhão (US$ 1,96 trilhão) — o equivalente a € 4,6 bilhões por dia.

Trump frequentemente acusa a UE de manter práticas comerciais desleais, citando o superávit europeu na balança comercial com os EUA como argumento.

Tarifas cruzadas sobre automóveis

Como parte das negociações, a UE estuda uma proposta de redução mútua das tarifas sobre automóveis. Segundo o Financial Times, o bloco estaria disposto a eliminar sua alíquota de 10% sobre veículos dos EUA, caso a gestão Trump reduza suas tarifas para menos de 20%.

A Comissão Europeia não comentou oficialmente a proposta.

Atualmente, os EUA aplicam tarifas de 25% sobre carros e autopeças importados — medida que afeta duramente fabricantes europeias. A sueca Volvo, por exemplo, reportou nesta semana forte queda no lucro operacional do segundo trimestre, refletindo o ambiente desafiador para o setor.

A montadora é uma das mais expostas às tarifas americanas e foi a primeira da Europa a divulgar seus resultados nesta temporada, que promete ser difícil para a indústria automobilística do continente.

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