O presidente Donald Trump anunciou nesta terça-feira (8) que irá impor tarifas importante sobre as importações de cobre e sugeriu que taxações mais altas para setores específicos estão a caminho. “Hoje, estamos trabalhando com cobre”, disse Trump durante uma reunião de gabinete. “Acredito que a tarifa sobre o cobre será de 50%.”
Os preços do cobre atingiram uma máxima histórica após o anúncio abrupto de Trump, com o contrato futuro de setembro subindo 10,5%, para US$ 5,8955 por libra.
As ações da mineradora de cobre Freeport-McMoRan, por sua vez, subiram 5%, com os investidores prevendo que os produtores nacionais se beneficiarão da tarifa.
O cobre é o terceiro metal mais consumido, atrás do ferro e do alumínio. Os EUA importam quase metade do cobre que consomem, a maior parte proveniente do Chile, segundo dados do Serviço Geológico dos EUA.
No final de fevereiro, Trump ordenou uma investigação sobre possíveis novas tarifas sobre as importações de cobre, alegando motivos de segurança nacional.
O Secretário de Comércio, Howard Lutnick, disse no programa “Power Lunch” da CNBC, nesta terça-feira, que a investigação estava concluída.
“A ideia é trazer o cobre para casa, trazer a produção de cobre para casa”, disse Lutnick. Ele observou que a medida de Trump alinhará as tarifas sobre o cobre às tarifas americanas sobre as importações de aço e alumínio, que Trump dobrou para 50% no início de junho.
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Tarifas em produtos farmacêuticos
Trump também ameaçou impor tarifas pesadas sobre produtos farmacêuticos importados para os EUA “muito em breve”. “Serão tarifas com alíquotas muito altas, tipo 200%”, disse Trump durante uma reunião de gabinete.
O presidente, no entanto, sugeriu que essas taxas não entrariam em vigor imediatamente. “Daremos a elas um certo prazo para se organizarem”, disse Trump, aparentemente se referindo às farmacêuticas.
O presidente ameaçou repetidamente e depois mudou de rumo em relação às propostas tarifárias, portanto, não há garantia de que ele fixará tarifas farmacêuticas nessa alíquota.
Este é o comentário mais significativo de Trump sobre tarifas específicas para produtos farmacêuticos desde abril, quando seu governo iniciou a chamada investigação da Seção 232 sobre esses produtos. Essa autoridade legal permite que o Secretário de Comércio investigue o impacto das importações na segurança nacional.
Essas tarifas planejadas representariam um golpe há muito esperado para as empresas farmacêuticas, muitas das quais recuaram e alertaram que as taxas poderiam aumentar os custos, impedir investimentos nos EUA e interromper a cadeia de suprimentos de medicamentos, colocando os pacientes em risco.
A indústria já está lidando com as consequências das políticas de preços de medicamentos de Trump, que, segundo as farmacêuticas, ameaçam tanto seus resultados financeiros quanto sua capacidade de investir em pesquisa e desenvolvimento.
Trump afirmou que as tarifas incentivarão as empresas farmacêuticas a transferir suas operações de fabricação para os EUA. Eli Lilly, Johnson & Johnson, AbbVie e outras já estão investindo mais dinheiro nos EUA após a produção nacional de medicamentos ter diminuído drasticamente nas últimas décadas.
As principais ações farmacêuticas permaneceram praticamente inalteradas após os comentários de Trump.
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