A Grendene registrou lucro líquido de R$ 143,6 milhões no segundo trimestre, o que representa um salto de 244,7% em relação ao mesmo período de 2024. Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC nesta sexta-feira (8), o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Alceu Albuquerque, detalhou as estratégias que levaram ao resultado.
“O avanço veio do crescimento da receita bruta, que aumentou 25% no trimestre, muito em função do crescimento das nossas exportações, que cresceram 88%”, disse. “Com isso, tivemos um crescimento do lucro bruto de 13,9%. Esse aumento vem principalmente porque recebemos mais reais por par de calçados embarcados.”
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Além disso, Albuquerque explicou que os resultados também são fruto do desenvolvimento de produtos com maior valor agregado, gerando uma percepção de valor maior por parte dos clientes, o que os permite cobrar mais.
Tarifaço dos EUA
Segundo o executivo, as tarifas dos Estados Unidos não afetaram significativamente o desempenho da empresa, já que entre 60% e 65% das exportações são destinadas à América Latina, especialmente para Colômbia, Chile, Paraguai, Bolívia e Argentina.
Mesmo com os Estados Unidos sendo um dos 70 clientes, eles tomaram a precaução de contornar as tarifas. “Esse crescimento não foi antecipação. Fizemos embarques em julho para os produtos chegarem antes de 1º de agosto, o que deve impactar o terceiro trimestre”, disse.
Além disso, Albuquerque destacou mais sobre a relação de comércio da Grendene com o país de Donald Trump. “Os Estados Unidos têm baixa representatividade para as nossas exportações. A Grendene exporta para mais de 70 países, incluindo os EUA. Eles representam cerca de 2% da nossa receita total e menos de 1% do volume total de pares vendidos.
Considerando apenas exportação, o volume para os EUA representa 4% do total embarcado, e a receita para eles equivale a 9% do total das exportações.
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