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Gayer: Reunião de Lula sobre plano de contingência contra tarifaço termina sem anúncio, que não tem data para ocorrer

Publicado 11/08/2025 • 22:11 | Atualizado há 5 horas

Eduardo Gayer, do Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC

KEY POINTS

  • Especialistas alertam para riscos do plano virar medida permanente e defendem diálogo com os EUA
  • "Vale a pena uma iniciativa do presidente Lula para conversar com Trump, cumprindo seu dever institucional", afirmou Lucas Ferraz, coordenador do Centro de Negócios Globais da FGV, em entrevista ao Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC
  • "No Brasil, quando se adotam medidas como essa, é muito difícil revertê-las", disse o economista e ex-diretor do Banco Central José Júlio Sena

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Renan Areias/Enquadrar/Estadão Conteúdo

A reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir medidas de apoio aos exportadores impactados pelo aumento tarifário — o chamado “tarifaço” — terminou sem um posicionamento oficial. Fontes do Palácio do Planalto confirmam que, apesar dos avanços nas tratativas, o plano de contingência ainda não foi concluído e não há previsão para seu anúncio.

Além de Lula, participaram do encontro os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Sidônio Palmeira (Secom) e Geraldo Alckmin (Desenvolvimento), que também exerce o cargo de vice-presidente.

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Na semana passada, Alckmin havia indicado que o plano seria divulgado nesta terça-feira (9), o que gerou expectativa ao longo do dia. No entanto, o anúncio não ocorreu.

Entre as medidas previstas no plano estão linhas de financiamento com juros subsidiados, editais para compras governamentais de produtos perecíveis e programas para o adiamento do pagamento de tributos.

Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC —, o economista e ex-diretor do Banco Central José Júlio Sena manifestou preocupação com a possibilidade de o “plano de contingência” tornar-se permanente. “No Brasil, quando se adotam medidas como essa, é muito difícil revertê-las. Vemos exemplos recentes, como a desoneração da folha de pagamento que acabou se perpetuando”, destacou.

Paralelamente às iniciativas internas, Lula segue engajado em articulações internacionais para responder às medidas adotadas pelo governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, no contexto do bloco BRICS. Ainda nesta segunda-feira (8), está prevista uma conversa do presidente brasileiro com o presidente da China, Xi Jinping. No último sábado, Lula recebeu ligação de Vladimir Putin, presidente da Rússia, e, na quinta-feira passada, do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

José Júlio Sena também reforçou a importância de o Brasil ampliar canais de negociação com os Estados Unidos. “Acredito que as conversas com a Casa Branca seriam mais produtivas se o Brasil oferecesse algo em troca, algo que fosse benéfico para nós. Sou a favor da redução do protecionismo brasileiro, mesmo que isso ocorra de forma unilateral”, afirmou.

Segundo estimativa da Fundação Getúlio Vargas, a tarifa média ponderada brasileira sobre exportações para os EUA, segundo maior parceiro comercial do país, saltou de 2,2% para 33% neste momento.

Lucas Ferraz, coordenador do Centro de Negócios Globais da FGV, destaca a importância de o Brasil estabelecer um canal de comunicação direto e de alto nível com o governo americano. “Vale a pena uma iniciativa do presidente Lula para conversar com Trump, cumprindo seu dever institucional e buscando separar as disputas internas brasileiras das questões de política comercial. Negar esse diálogo por conta de ressentimentos é, sinceramente, pouco pragmático”, afirmou.


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