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STF vai enviar defesa de Bolsonaro à PGR, que terá 48 horas para se manifestar

Publicado 22/08/2025 • 22:43 | Atualizado há 5 horas

Da Redação

KEY POINTS

  • Após a entrega da defesa de Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF), o processo que apura supostas violações de medidas cautelares e risco de fuga avança para a próxima etapa.
  • O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, determinou o envio da manifestação dos advogados do ex-presidente para a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Fachada do Supremo Tribunal Federal

Fachada do Supremo Tribunal Federal

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Após a entrega da defesa de Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF), o processo que apura supostas violações de medidas cautelares e risco de fuga avança para a próxima etapa. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, determinou o envio da manifestação dos advogados do ex-presidente para a Procuradoria-Geral da República (PGR).

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) terá um prazo de até 48 horas para apresentar parecer técnico sobre as alegações da defesa. Nesse documento, o órgão poderá apoiar a posição da Polícia Federal, que vê risco de descumprimento das restrições impostas a Jair Bolsonaro, ou, em sentido contrário, recomendar a revogação da prisão domiciliar e o arquivamento do caso.

Embora tenha peso jurídico e político, o parecer não é vinculante, cabendo a decisão final ao relator, ministro Alexandre de Moraes.

Próximos passos no processo

O procedimento segue três fases principais:

  1. Análise preliminar de Moraes: O ministro já avaliou o relatório da PF e a defesa apresentada. Agora, aguarda o parecer do Ministério Público antes de decidir.
  2. Parecer da PGR: A Procuradoria-Geral da República tem até 48 horas para se pronunciar formalmente. O parecer servirá de subsídio, mas não obriga a decisão do ministro.
  3. Decisão final de Moraes: De posse de todos os documentos – relatório da PF, defesa e parecer da PGR –, Moraes poderá:
    • Manter a prisão domiciliar;
    • Revogar a medida cautelar;
    • Arquivar a investigação por falta de provas.

A decisão, que inicialmente será individual, poderá futuramente ser levada ao plenário do STF, mas isso depende da avaliação do relator e pode levar mais tempo.

O que diz a defesa de Bolsonaro

Na manifestação entregue ao ministro Alexandre de Moraes, a defesa de Jair Bolsonaro reforçou que não há indícios de fuga ou de violação de medidas cautelares. Os advogados classificaram como “irreal” a interpretação da Polícia Federal sobre o rascunho de pedido de asilo político à Argentina, encontrado em seu celular em fevereiro de 2024.

Segundo a defesa, o documento era apenas uma minuta antiga, “sem data, sem assinatura e nunca materializada”, e por isso não pode ser considerado prova de intenção de evasão. Os defensores ressaltaram que, desde a imposição das restrições, Bolsonaro “compareceu a todos os atos judiciais, respeitou a proibição de sair do país e foi preso em sua própria residência”, o que afastaria qualquer hipótese de descumprimento.

Outro ponto de destaque é a contestação quanto ao uso do WhatsApp. Os advogados sustentam que o ex-presidente não estava proibido de se comunicar por aplicativos de mensagens privadas, argumentando que o WhatsApp não se enquadra como “rede social” — categoria citada nas medidas cautelares impostas pelo STF.

Para a defesa, o aplicativo “é uma ferramenta de comunicação pessoal, protegida por criptografia, sem algoritmos de recomendação e sem caráter público”, diferentemente de plataformas como Facebook ou Instagram. Nesse sentido, mensagens enviadas a contatos pessoais ou em listas de transmissão não configurariam violação da ordem judicial.

Além disso, os representantes de Bolsonaro acusaram a Polícia Federal de promover um “lawfare”, ou seja, o uso estratégico de processos judiciais para enfraquecer um adversário político.

A defesa considerou “absurda” a inclusão de mensagens privadas e diálogos familiares no relatório, afirmando que tais conversas “foram transformadas em narrativa para as manchetes, sem qualquer relação com crimes investigados”.

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