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US Open vira vitrine de ouro para grandes marcas

Publicado 06/09/2025 • 08:23 | Atualizado há 7 horas

AFP

KEY POINTS

  • Em 2024 o US Open bateu recorde de arrecadação, com receita de R$ 3 bilhões — mais que o dobro do valor de dez anos atrás.
  • A tradicional marca americana Ralph Lauren, parceira do US Open há 21 anos, veste os juízes de cadeira e os jovens que pegam bolas durante as partidas.
  • O banco JPMorgan Chase, que patrocina o torneio há 44 anos, aproveita ao máximo o evento, montando um espaço exclusivo para clientes, com salas de reuniões reservadas.

US Open vira vitrine de ouro para grandes marcas Photo by Simon Bruty/USTA

O US Open, último Grand Slam do calendário do tênis, se transformou numa oportunidade de ouro para as maiores marcas do mundo faturarem alto, desde bancos até sorveterias, movimentando centenas de milhões de dólares.

No ano passado, o torneio organizado pela Associação de Tênis dos Estados Unidos (USTA) bateu recorde de arrecadação, com receita de US$ 560 milhões (cerca de R$ 3,03 bilhões) — mais que o dobro do valor de dez anos atrás.

A venda de ingressos ainda é a principal fonte de renda da USTA, mas os direitos de transmissão prometem ultrapassar esse patamar em breve. Um novo contrato de 11 anos com o grupo ESPN, da Disney, avaliado em mais de US$ 2 bilhões (aproximadamente R$ 10,82 bilhões), entra em vigor a partir de 2026.

Importância para as marcas e o impacto global

Para as marcas de consumo, “o US Open é provavelmente o torneio de tênis mais visível do mundo, e acontece numa cidade famosa por ditar moda e tendências,” explica Patrick Rishe, professor de negócios do esporte na Universidade de Washington em St. Louis.

O evento de duas semanas — que atrai estrelas de Hollywood a lendas do esporte — é especialmente importante para grifes de roupas esportivas e acessórios, além das marcas de moda, “porque é a chance de causar impacto global,” detalha Rishe.

A tradicional marca americana Ralph Lauren, parceira do US Open há 21 anos, veste os juízes de cadeira e os jovens que pegam bolas durante as partidas. Mas também tem uma loja própria dentro do complexo.

“O US Open é realmente diferente de tudo,” diz David Lauren, diretor de branding e inovação da grife.

“É mais do que um torneio de tênis — é um momento típico de Nova York”, completa. “A energia desta cidade sempre fez parte do nosso DNA.”

E o Flushing Meadows não é território exclusivo das grandes marcas.

Uma das sensações deste ano foi a americana Taylor Townsend, que chegou às oitavas de final em simples e hoje lidera o ranking mundial de duplas.

Ela também protagonizou uma grande polêmica pós-jogo com uma adversária — tudo isso vestindo peças da sua própria marca, a TT, lançada neste verão depois que ela enfrentou dificuldades para fechar contrato com as grifes tradicionais.

“A resposta tem sido incrível. O objetivo é fazer a marca crescer”, comenta Alexander-John, designer que trabalha em parceria com a jogadora de 29 anos.

Exclusividade e experiências premium no tornei

A oportunidade, claro, não se limita ao universo da moda.

No movimentado Centro Nacional de Tênis Billie Jean King, o público se esbalda com drinks como Aperol Spritz, champanhe Moet et Chandon — ou o famoso Honey Deuce, o coquetel da vez feito com vodka Grey Goose.

Milhares desses drinques são vendidos todo ano e, com o Honey Deuce custando US$ 23 (cerca de R$ 124,43) o copo, é uma festa para o marketing das marcas.

“Parte do charme do US Open está justamente na exclusividade — experiências especiais, produtos por tempo limitado e comidas e bebidas icônicas”, afirma um porta-voz da sorveteria Van Leeuwen, que criou o sabor especial ‘Honeycomb Fudge Slam’ para o torneio.

Joalheria de luxo Tiffany e a relojoaria Rolex também marcam presença forte como patrocinadoras oficiais no local.

O público de elite e as estratégias das marcas de luxo

O tênis é um “esporte de elite que atrai um público mais abastado”, analisa Rishe.

“Principalmente para as marcas de luxo, seja de roupas, acessórios ou viagens, é uma chance de se conectar com consumidores que costumam gastar mais”, completa.

O banco JPMorgan Chase, que patrocina o torneio há 44 anos, aproveita ao máximo o evento, montando um espaço exclusivo para clientes, com salas de reuniões reservadas.

“É realmente uma grande oportunidade de engajar fãs e clientes, além de receber convidados durante o torneio”, afirma um porta-voz do gigante bancário americano.

Inovações para atrair público e elevar a receita

Para turbinar a receita, a USTA fez mudanças para atrair mais público nas sessões que antecedem a chave principal, tradicionalmente reservadas às classificatórias e com menor movimento.

Neste ano, foi criado um formato inédito de duplas mistas, incluindo astros das simples, como Carlos Alcaraz e Novak Djokovic, que normalmente não disputam duplas, ao lado de especialistas menos conhecidos.

A expectativa é de superar o recorde de público do ano passado, de 1,04 milhão de pessoas. Faltando ainda quatro dias para o final, a contagem oficial já chegava a 986 mil.

FINAIS

Neste sábado, às 17h (Brasília) ArynaSabalenka x AmandaAnisimova

Domingo (7), às 15h (Brasília): Carlos Alcaraz x Jannik Sinner

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