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Governo anuncia dois leilões para garantir estabilidade elétrica e evitar apagões como o de terça-feira

Publicado 15/10/2025 • 11:10 | Atualizado há 5 horas

KEY POINTS

  • O ministro Alexandre Silveira anunciou que lançará o edital do Leilão de Reserva de Capacidade na próxima semana, com o objetivo de contratar mais potência para dar pronta resposta ao SIN.
  • O governo lançará, ainda em 2025, o primeiro leilão focado em baterias e sistemas de armazenamento, tecnologia que busca "armazenar o vento" para estender o uso de fontes intermitentes.
  • O ministro assegurou que o país tem "condição de segurança energética completa e absoluta" para o ano e que o governo pode demandar cerca de 2 gigawatts (GW) em contratação de baterias.
Ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira

Ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira

Antônio Cruz/Agência Brasi

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou o plano do governo federal para segurança energética nacional, depois do apagão que atingiu todo o pais na madrugada de terça-feira (14) provocado pelo incêndio de uma subestação no Paraná. Em entrevista ao programa “Bom dia, Ministro”, Silveira anunciou a intenção de realizar dois leilões para expandir a capacidade de resposta do Sistema Interligado Nacional (SIN).

1. Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP)

A pasta de Minas e Energia tem a previsão de lançar o edital na próxima semana. O certame busca contratar mais potência para o sistema elétrico e é considerado crucial diante do crescimento acelerado das fontes renováveis no país, em especial a solar.

O objetivo central é oferecer pronta resposta nos momentos de pico de demanda, quando as usinas termelétricas são acionadas. O modelo é essencial para a segurança no planejamento do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), pois exige a chamada flexibilidade operativa das usinas contratadas.

A proposta do leilão abrange a contratação de diferentes fontes termelétricas (gás natural, carvão e óleo combustível). Adicionalmente, o processo competitivo deve habilitar projetos de ampliação de hidrelétricas para contratos de fornecimento de potência a médio prazo.

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2. Leilão de Baterias: “Armazenar o Vento”

Silveira revelou também a grande expectativa de lançar, ainda em 2025, o primeiro certame focado na contratação de baterias e sistemas de armazenamento de energia em larga escala. Essa tecnologia visa “armazenar o vento”, estendendo a vida útil da energia gerada por fontes intermitentes, como a eólica e a solar.

O ministro citou a frase de Dilma Rousseff, que em 2015 mencionou a necessidade de desenvolver tecnologia para “estocar vento”. Dilma, hoje chefe do Banco dos Brics, disse que o conceito provou ser uma das áreas vitais do setor.

  • Finalidade do certame: As baterias permitirão armazenar a produção intermitente dessas fontes, liberando a eletricidade em momentos de alta demanda e contribuindo para o equilíbrio do SIN.
  • Aplicação prática: Segundo Silveira, será possível ter a energia solar até mais tarde, por exemplo, “ter o sol até 22h” por meio do armazenamento.
  • Demanda estimada: Na semana anterior, o ministro sinalizou que o governo poderia demandar cerca de 2 gigawatts (GW) em contratação de baterias.

Desafios da Geração Intermitente

O crescimento das energias renováveis trouxe à tona o problema do excesso de geração de energia limpa em períodos de sol ou vento intensos. Esse excedente pode levar a desafios operacionais, como a necessidade de reduzir ou desligar a produção para evitar a sobrecarga da rede.

Silveira pontuou que o armazenamento é um desafio mundial, com países como Portugal e Espanha enfrentando apagões de longo prazo devido à intermitência. Contudo, o planejamento brasileiro, incluindo os leilões, é desenhado para prevenir esses problemas e evitar apagões decorrentes de eventuais danos ao sistema.

Contexto de Segurança Energética

O ministro também assegurou que o país possui “condição de segurança energética completa e absoluta” para o ano, graças ao planejamento e ao regime de chuvas. Com isso, o governo não vê necessidade de discutir o retorno do horário de verão no momento.

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