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Ucrânia na UE em 2027: o que trava o plano dos EUA para incluir o país no bloco
Publicado 13/12/2025 • 20:04 | Atualizado há 10 horas
Publicado 13/12/2025 • 20:04 | Atualizado há 10 horas
KEY POINTS
Divulgação / Polícia Nacional da Ucrânia / AFP
Vista aérea de edifícios residenciais e de uma igreja fortemente danificados na cidade de Kostyantynivka, na linha de frente da região de Donetsk, em meio à invasão russa da Ucrânia
O plano dos Estados Unidos considera a adesão da Ucrânia à União Europeia já em 2027, anunciou um alto funcionário à AFP nesta sexta-feira (12/12), em meio a uma intensa movimentação diplomática para encerrar a guerra entre russos e ucranianos.
É no contexto dessas iniciativas internacionais que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, é esperado em Berlim na segunda-feira (15/12) para se reunir com seus aliados europeus, afirmou a mesma fonte à AFP – informação confirmada no mesmo dia pelo porta-voz do chanceler alemão, Friedrich Merz.
Negociações indiretas, contínuas e difíceis entre Moscou e Kiev ocorrem há quase um mês, sob a mediação de Washington, que pressiona por uma solução para o conflito. A guerra, iniciada com a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, já deixou centenas de milhares de mortos e feridos.
Um funcionário a par das negociações disse à AFP nesta sexta-feira que a adesão da Ucrânia à UE está prevista para janeiro de 2027 na versão mais recente do plano dos Estados Unidos. “Isso está estipulado, mas é um tema de negociação, e os americanos são favoráveis”, afirmou a fonte, sob condição de anonimato. “É [um assunto] sensível para os europeus”, acrescentou.
Segundo o jornal britânico Financial Times, esse ponto consta na última versão das propostas de paz elaboradas por ucranianos e europeus e apresentadas aos negociadores americanos.
Tal adesão, em pouco mais de um ano, parece improvável devido à possível oposição de Estados-membros da UE com relações tensas com a Ucrânia, como a Hungria, entre outros fatores.
Leia mais:
Zelensky discute com EUA plano de reconstrução para a Ucrânia
Concessões territoriais
A versão inicial do plano americano, considerada muito favorável a Moscou, foi alterada várias vezes pelas duas partes. As negociações travam, em particular, nas questões territoriais, com os Estados Unidos exigindo, segundo Kiev, concessões importantes da Ucrânia.
De acordo com Zelensky, Washington quer que as forças ucranianas se retirem da parte da região de Donetsk (leste da Ucrânia) que ainda controlam — e que deve se tornar uma “zona econômica livre” desmilitarizada —, sem exigir o mesmo das tropas de ocupação.
Em troca, o exército russo se retiraria de áreas muito pequenas que conquistou nas regiões de Sumy, Kharkiv e Dnipropetrovsk (norte, nordeste e centro-leste), mas manteria territórios mais amplos em Kherson e Zaporíjia (sul).
O presidente ucraniano ressaltou que, em qualquer cenário, uma “eleição” ou um “referendo” seria necessário na Ucrânia para decidir sobre as questões territoriais.
Enquanto isso, diante da lentidão das negociações, o presidente americano Donald Trump está “extremamente frustrado com os dois lados”, revelou sua porta-voz, Karoline Leavitt, na quinta-feira.
Zelensky em Berlim
Por sua vez, o conselheiro diplomático do Kremlin, Yuri Ushakov, declarou nesta sexta-feira que Moscou ainda não viu a nova versão do plano americano revisado por Kiev e seus aliados europeus.
“Há muitas coisas que podem não nos agradar”, alertou ele, citado pela agência de notícias TASS.
Na próxima segunda-feira, em Berlim, Volodymyr Zelensky, que já esteve em Londres, Bruxelas e Roma no início da semana, deve manter novas conversas com seus aliados europeus.
As discussões podem abordar, entre outros temas, o uso de cerca de 200 bilhões em ativos russos congelados na Bélgica para financiar o esforço de guerra da Ucrânia e, em parte, sua reconstrução.
O resultado ainda é “incerto”, mas “não há plano B”, observou uma fonte diplomática europeia.
“Se isso não der certo, seria certamente um sinal desastroso para a Ucrânia (…), a Europa falharia”, acrescentou a fonte.
No front, após longos meses de recuos diante de tropas russas mais numerosas, o exército ucraniano reivindicou um raro avanço nesta sexta-feira.
A força militar assegurou ter retomado dos russos vários bairros da cidade-chave de Kupyansk, na região de Kharkiv, bem como duas outras localidades próximas.
Volodymyr Zelensky, por sua vez, declarou ter visitado os soldados ucranianos na zona de Kupyansk e os parabenizado, em um vídeo divulgado na sexta-feira no qual aparece de colete à prova de balas, diante de uma placa indicando “Kupyansk”.
As forças russas ocupam atualmente 20% do território da Ucrânia, essencialmente no leste e no sul.
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