A SpaceX conseguiu nesta quinta-feira (16), pela segunda vez, recuperar durante a descida a primeira etapa propulsora de seu megafoguete Starship nos braços mecânicos instalados em sua torre de lançamento, um feito de engenharia conseguido pela primeira vez em outubro.
O propulsor descendeu de forma autônoma e precisa usando seus motores, o que comemoração da equipe de missão da SpaceX no quartel-general da companhia em Boca Chica, Texas.
A nave Starship perdeu contato com a base após uma “anomalia” e acredita-se que ela esteja perdida, segundo a transmissão ao vivo da empresa.
Foguete gigante Starship da SpaceX é lançado em 7º voo de teste
Após a Blue Origin, de Jeff Bezos, realizar com sucesso seu primeiro voo orbital, a SpaceX de Elon Musk voltou a chamar a atenção na quinta-feira (16) com o mais recente lançamento do Starship, o gigantesco foguete de nova geração que um dia pode levar humanos para Marte.
Uma versão mais alta e aprimorada do veículo de lançamento já construído decolou da Starbase da empresa em Boca Chica, Texas, às 16h37 (2237 GMT) para seu sétimo teste orbital.
Lançamento tem saldo positivo, segundo especialista
Pedro Palotta, especialista em astronáutica e CEO do Grupo Space Orbit, esteve no local para acompanhar o lançamento do foguete Starship, da SpaceX, que aconteceu em meio a grandes expectativas. Ele destacou a importância do lançamento do foguete, afirmando que, apesar da falha no segundo estágio, a SpaceX obteve sucesso com o pouso do booster, uma parte fundamental do processo.
“A parte inferior foi pousada de maneira impecável, o que é uma conquista significativa. A recuperação do booster é algo que parece ficção científica, mas está se tornando uma realidade cada vez mais possível”, disse. Palotta também afirmou que, embora a falha no segundo estágio tenha ocorrido, o evento impressionou quem acompanhou de perto, principalmente devido à potência dos 33 motores do Starship, que resultaram em uma vibração tão forte que parecia um terremoto.
Sobre o desenvolvimento do Starship e suas versões, Palotta destacou as mudanças significativas em relação aos lançamentos anteriores. Ele disse que o foguete passou por ajustes importantes na nova versão, e que a falha observada com o segundo estágio será investigada, como é comum em testes de alta complexidade.
“Essa versão nova tem muitas alterações em relação à anterior, e, embora o problema tenha ocorrido, é importante lembrar que a SpaceX sabia que ajustes poderiam ser necessários”, afirmou.
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