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A peça mais odiada da moda, o skinny jeans, está voltando

Publicado 08/02/2025 • 11:20 | Atualizado há 1 mês

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • O skinny jeans, peça do fim da década de 2000, pode estar voltando à moda, apesar de ter sido alvo de críticas.
  • Nos últimos meses, o modelo apareceu em passarelas, vídeos de influenciadores e tendências de busca, indicando um possível retorno como item básico nos guarda-roupas.
  • Marcas e varejistas já observam aumento no interesse, com previsão de que os skinny jeans ganhem força no verão ou outono, impulsionando renovação no setor de moda. A tendência sugere que há espaço para diferentes estilos, refletindo a diversidade de preferências atuais.

Alix Earle com suas calças jeans

Reprodução/Frame

O jeans skinny, que foi peça central dos millennials e da era Y2K, pode estar voltando, apesar de ter sido muitas vezes criticado no mundo da moda.

Nos últimos meses, calças jeans ou de outros tecidos do modelo skinny apareceram em passarelas, em vídeos de influenciadores e em tendências de busca no Google. Isso sugere que a peça pode se tornar um item básico nos guarda-roupas novamente.

Parte do interesse pelos skinny jeans surgiu quando a influenciadora Alix Earle lançou uma parceria com a marca Frame no final de janeiro. No entanto, o hype já estava crescendo antes disso. Janine Stichter, analista de varejo, afirmou que, nos últimos seis meses, começaram a surgir rumores sobre o retorno dos skinny jeans. Ela disse que os dados do Google Trends mostram um aumento nas buscas por skinny jeans desde a semana de 12 de janeiro.

Após o lançamento da parceria de Earle com a Frame, as buscas por skinny jeans aumentaram 50% em relação ao ano anterior. Ainda assim, estão longe do pico de 2009. Esse aumento provavelmente gerou maior interesse entre varejistas. A marca de roupas Reformation afirmou que seus clientes têm buscado skinny jeans com mais frequência em seu site. Outra varejista de moda dos EUA, a American Eagle, também observou um crescimento no interesse.

Jen Foyle, presidente da American Eagle, disse que há muita busca pelo skinny jeans. Ela afirmou que o estilo combina com botas altas, o que está ganhando força. Foyle também disse que o movimento ainda é pequeno, mas a empresa está preparada para acompanhar a tendência.

Inicialmente, o retorno dos skinny jeans apareceu nas passarelas. Shawn Grain Carter, professora de moda, afirmou que marcas como Prada, Isabel Morant e Tod’s apresentaram calças de silhueta slim. Ela disse que a diferença está nos tecidos e estampas, como xadrez, e que as peças são mais ajustadas, mas não tão justas quanto as “jeggings” (corruptela de jeans e leggings) de 2009 a 2011.

Michelle Gass, CEO da Levi Strauss, também observou a tendência nas passarelas. Ela afirmou que os skinny jeans podem voltar com tudo no futuro. Gass disse que, quando a tendência retornar, terá um visual diferente.

Grain Carter afirmou que os estilos skinny podem aparecer nas lojas em maior escala até o verão. Stichter disse que o retorno pode ocorrer no outono, quando os consumidores começam a comprar calças e jeans. Ela afirmou que mudanças de tendências costumam aumentar a demanda por novas roupas, o que é positivo para o setor.

Stichter disse que uma mudança de silhueta pode impulsionar ciclos de reabastecimento e aumentar as vendas de calçados e outras peças. Ela afirmou que isso pode renovar o guarda-roupa dos consumidores.

Para quem acabou de investir em peças largas e soltas, Stichter afirmou que há espaço para ambos os estilos. Ela disse que a moda atual é definida pela falta de consenso entre consumidores de diferentes idades e estilos.

Muitos consumidores nunca pararam de usar skinny jeans. Com a velocidade das tendências nas redes sociais, ciclos de moda podem ressurgir antes mesmo de desaparecer. Gass afirmou que o guarda-roupa de jeans deve ter variedade. Ela disse que as pessoas ainda usam skinny jeans e que todos os estilos são válidos atualmente.

Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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