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Economia Brasileira

Petrobras comprova “boa produtividade” de poço descoberto na Colômbia

Publicado 10/03/2025 • 18:59 | Atualizado há 19 horas

Agência Brasil

KEY POINTS

  • A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (10) que testes de formação no poço Sirius-2, descoberto no ano passado em águas profundas da Colômbia, comprovaram “boa produtividade”.
  • De acordo com comunicado da companhia, o teste de formação avaliou um intervalo de aproximadamente 100 metros de reservatório.
  • A exploração é criticada por ambientalistas, preocupados com possíveis danos ambientais. O Ibama negou a licença para outras áreas, como a da Bacia da Foz do Amazonas.
Fachada da Petrobras.

Fachada da Petrobras.

Divulgação/Petrobras

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (10) que testes de formação no poço Sirius-2, descoberto no ano passado em águas profundas da Colômbia, comprovaram “boa produtividade”.

O Sirius-2 fica na Bacia de Guajira, no Mar do Caribe, a 31 quilômetros da costa e a 804 metros de profundidade. O reservatório se encontra a 76 quilômetros da cidade de Santa Marta.

De acordo com comunicado da companhia, o teste de formação avaliou um intervalo de aproximadamente 100 metros de reservatório. Além da comprovação de boa produtividade, foram coletadas amostras que serão caracterizadas por meio de análises laboratoriais.

“O resultado preliminar do teste reforça o potencial volumétrico para gás na região”, frisou a empresa.

A Petrobras atua na exploração e produção de petróleo e gás na Colômbia por meio da subsidiária Petrobras International Braspetro B.V – Sucursal Colômbia (PIB-COL), que opera em consórcio com a estatal de petróleo do país vizinho Ecopetrol. Os colombianos detêm 55,56% do consórcio; os brasileiros, 44,44%.

Quando o consórcio anunciou a descoberta do poço, em agosto, a nomenclatura era Uchuva. Somente depois passou a ser conhecido como Sirius.

Bloco exploratório

Além do Sirius-2, as empresas exploram o Sirius-1, poço vizinho que fica no mesmo bloco exploratório.

“O consórcio dará continuidade à avaliação dos resultados obtidos com a perfuração dos poços Sirius-1 e Sirius-2, conforme planejamento e previsões contratuais junto à Agência Nacional de Hidrocarburos (ANH)”, afirmou a Petrobras.

A ANH, vinculada ao Ministério de Minas e Energia da Colômbia, é a agência reguladora do setor de petróleo e gás na Colômbia, similar ao papel que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) exerce no Brasil.

No comunicado desta segunda-feira, a Petrobras afirma que a exploração no bloco marítimo Bacia de Guajira Offshore (GUA-OFF-0) “está alinhada à estratégia de longo prazo da companhia, visando à recomposição das reservas de petróleo e gás por meio de exploração de novas fronteiras e atuação em parceria, assegurando o atendimento à demanda global de energia durante a transição energética”.

Campo gigante

A região onde está o poço Sirius-2 pode ser entendida como parte da margem equatorial, como afirmou a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, em 5 de dezembro de 2024. Na ocasião, a estatal informou ter descoberto na região o maior reservatório de gás natural da história do país vizinho. 

Apesar do grande volume, a estatal brasileira afirmou que o destino da produção seria para o mercado de gás colombiano, devido à grande demanda do país.

Margem equatorial

A margem equatorial ganhou notoriedade nos últimos anos por ser tratada como nova e promissora fronteira de exploração de petróleo e gás. Descobertas recentes de petróleo nas costas da Guiana, Guiana Francesa e Suriname mostraram o potencial exploratório da região, localizada próxima à linha do Equador.

No Brasil, se estende a partir do Rio Grande do Norte, e segue até o Amapá. A Petrobras tem 16 poços na nova fronteira exploratória, no entanto, só tem autorização do Ibama para perfurar dois deles, na costa do Rio Grande do Norte.

A exploração é criticada por ambientalistas, preocupados com possíveis danos ambientais. O Ibama negou a licença para outras áreas, como a da Bacia da Foz do Amazonas. A Petrobras pediu ao instituto, ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), uma reconsideração e espera uma decisão.

A Petrobras insiste que a produção de óleo a partir da margem equatorial é uma decisão estratégica para que o país não tenha que importar petróleo. 

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