Secretário de Comércio dos EUA afirma que um acordo comercial foi fechado, mas aguarda aprovação de líderes de países não identificados

O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, anunciou nesta terça-feira (29) que o governo Trump havia fechado seu primeiro acordo comercial, mas afirmou que ele ainda não estava totalmente finalizado e se recusou a revelar o nome do país envolvido.

“Tenho um acordo fechado, fechado, fechado, fechado, mas preciso aguardar a aprovação do primeiro-ministro e do parlamento, o que espero em breve”, disse Lutnick a Brian Sullivan, da CNBC.

O mercado de ações atingiu as máximas da sessão após os comentários, enquanto Wall Street observa atentamente os sinais de progresso nas negociações comerciais.

Lutnick afirmou que não estava lidando diretamente com a China, afirmando que essas negociações estavam na “carteira” do Secretário do Tesouro, Scott Bessent.

“Minha carteira são os acordos comerciais do resto do mundo”, disse Lutnick.

Os comentários de Lutnick foram feitos quase um mês após o “Dia da Libertação”, quando o presidente Donald Trump implementou aumentos generalizados de tarifas para a maior parte do mundo. Muitas dessas taxas foram suspensas por 90 dias, mas as tarifas sobre a China foram elevadas para mais de 100%.

O governo Trump afirmou que dezenas de países entraram em contato para fechar um acordo nas últimas semanas, mas nenhum acordo foi oficialmente anunciado. Japão, Coreia do Sul e Índia são vistos como alguns dos candidatos mais prováveis ​​para o acordo.

A incerteza em torno das tarifas gerou volatilidade no mercado de ações e queda na confiança entre líderes empresariais e consumidores, de acordo com diversas pesquisas. Wall Street registrou quedas acentuadas após a implementação inicial das tarifas, mas as ações se recuperaram na última semana.

A entrevista de Lutnick ao programa “The Exchange”, da CNBC, ocorreu no Arizona, no canteiro de obras de uma fábrica de semicondutores. O aumento da produção nos EUA é um dos objetivos declarados de Lutnick para as políticas tarifárias do governo Trump.

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Rodrigo.Sasaki

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