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Trump quer açúcar de cana na Coca-Cola — mas nova proposta pode afetar setor agrícola dos EUA e relações comerciais com o Brasil
Publicado 17/07/2025 • 11:52 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 17/07/2025 • 11:52 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Donald Trump está disposto a cooperar ou desafiar as demais potências em temas geopolíticos sensíveis
Reprodução CNBC Americana.
Em uma postagem publicada em sua rede social, o presidente dos Estados Unidos afirmou que está em conversa com a Coca-Cola para substituir o atual xarope de milho utilizado na bebida vendida nos EUA por açúcar de cana. Segundo ele, a empresa teria concordado com a mudança, embora a marca ainda não tenha confirmado oficialmente.
“Tenho conversado com a Coca-Cola sobre o uso de açúcar de cana VERDADEIRO na Coca-Cola nos Estados Unidos, e eles concordaram. Gostaria de agradecer a todas as autoridades da Coca-Cola”, escreveu Trump.
O anúncio impacta diversos setores, tanto internos quanto externos. Um deles é o setor agroindustrial dos EUA voltado à produção de milho, que poderá sofrer diretamente com a redução de demandas.
Em entrevista à Reuters, John Bode, presidente da Associação de Refinadores de Milho (Corn Refiners Association), afirmou: “Substituir xarope de milho rico em frutose por açúcar de cana não faz sentido… custaria milhares de empregos… reduziria a renda agrícola e aumentaria as importações de açúcar estrangeiro, tudo isso sem nenhum benefício nutricional.”
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Segundo dados do governo americano, cerca de 20% do açúcar consumido nos EUA é importado; a maioria vem da produção interna. No entanto, 56% desse açúcar não é de cana, mas de beterraba — que não é o tipo pretendido por Trump na fórmula da bebida. Então, de onde irá sair o açúcar para a Coca-Cola?
O Brasil pode se tornar peça-chave para suprir uma possível demanda crescente do setor alimentício americano por açúcar de cana, que é um dos principais fornecedores do produto, e entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025, foi o principal fornecedor de açúcar bruto de alto teor (high-tie raw sugar).
No entanto, o cenário pode ser menos vantajoso do que parece. Antes do anúncio sobre a fórmula da Coca-Cola, Trump impôs uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, incluindo o açúcar, dificultando economicamente o fornecimento.
Se implementada, a tarifa pode encarecer significativamente o açúcar brasileiro no mercado americano, tornando-o menos competitivo em relação a outros países, cujas taxas foram menores: 10% para a República Dominicana e 20% para as Filipinas. Isso pode reduzir as exportações brasileiras, afetar produtores e cooperativas.
Até o momento, a Coca-Cola não confirmou nenhuma alteração oficial na fórmula nem mudanças em sua cadeia de abastecimento. O anúncio segue restrito ao Truth Social.
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