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Banco BRB compra fatia do Banco Master; o que já se sabe e o que ainda falta esclarecer?

Publicado 31/03/2025 • 15:50 | Atualizado há 1 dia

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • O Banco de Brasília (BRB) anunciou na sexta-feira (28) a compra de 49% das ações ordinárias (com direito a voto) do Banco Master e de 100% das ações preferenciais (sem direito a voto), por cerca de R$ 2 bilhões.
  • Daniel Vorcaro continua como controlador do Master, que se tornaria BRB Banco de Investimentos, com 51% de participação com direito a voto. O BRB terá poder de veto em determinados temas.
  • A operação só será fechada após o cumprimento de algumas condições, como a conclusão de uma diligência dos ativos e passivos do Master. Também após a aprovação das autoridades, como Banco Central (BC) e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
O negócio foi anunciado em meados de 2024 e, na época, o anúncio mencionava a fintech Kardbank.

Negociação entre Banco BRB e Banco Master envolveu polêmicas

Reprodução/Agência Brasília

O Banco de Brasília (BRB) anunciou na sexta-feira (28) a compra de 49% das ações ordinárias (com direito a voto) do Banco Master e de 100% das ações preferenciais (sem direito a voto), por cerca de R$ 2 bilhões.

Os dois bancos continuarão operando separadamente, mas haverá apenas uma marca, a do BRB.

Leia também:

Daniel Vorcaro continua como controlador do Master, que se tornaria BRB Banco de Investimentos, com 51% de participação com direito a voto. O BRB terá poder de veto em determinados temas.

A operação só será fechada após o cumprimento de algumas condições, como a conclusão de uma diligência dos ativos e passivos do Master. Também após a aprovação das autoridades, como Banco Central (BC) e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O Master passará por uma reestruturação societária, em que participações detidas pelo banco serão segregadas da estrutura. Na venda, entram apenas o banco múltiplo, a fintech Will Bank e a securitizadora Maximainvest.

Por que a operação do Master era polêmica?

O que se sabe?

  • Parte importante do patrimônio que garantia a solidez do banco era composto por precatórios (títulos de disputas judiciais contra governos), que são de recebimento incerto e tinham tratamento equivalente a títulos públicos no balanço.
  • O banco multiplicou por dez seu patrimônio e quintuplicou sua carteira de crédito desde 2021. Um dos motores desse crescimento foi a oferta de Certificados de Depósito Bancário (CDB) que pagam ao investidor taxas muito acima dos concorrentes, de até 140% do CDI.
  • Os CDBs são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). No ano passado, o volume de CDBs emitidos pelo Master e seus coligados equivalia a mais de um terço do que o FGC tinha disponível em seu fundo, para ressarcir investidores em até R$ 250 mil, caso haja quebra de alguma instituição do sistema. A propaganda de venda dos fundos do Master era feita em cima dessa garantia.
  • O Banco Central reajustou normas que tocavam nesses dois pontos (precatórios e CDBs), o que obrigou o Master a adequar suas operações.
  • Sem acesso investidores institucionais e gestoras, o Master passou a captar recursos em fundos de pensão de Estados e municípios (RPPS), sendo o maior deles na cidade do Rio de Janeiro. O total chegou a R$ 800 milhões.
  • O Master ficou dependente do aporte dos acionistas, que colocaram R$ 1,6 bilhão no primeiro semestre do ano passado para fortalecer o capital.
  • O banco tentou fazer captações internacionais, com títulos de dívida chamados bonds, no valor de US$ 500 milhões. Não foi bem sucedido.
  • O Master também tem uma carteira grande de empréstimos corporativos feitos a empresas classificadas como em “situações especiais”, ou seja, dificuldades financeiras. Esses empréstimos são feitos diretamente ou via fundos ligados a investidores como Nelson Tanure. São operações com baixa liquidez, com risco carregado para o banco.

O que falta responder?

  • Por que o BRB comprou um banco envolvido em tantas polêmicas?
  • O BRB terá solidez para levar adiante essa operação?
  • Qual parte será segregada do banco e ficará de fora do negócio?
  • Por que as operações serão independentes, apesar de ficarem sob uma única bandeira?
  • Por que Daniel Vorcaro, fundador e principal executivo do Master, permanece como controlador da instituição?
  • O que acontece com o Master, caso a transação com o BRB não seja aprovada?
  • Como fica o restante da operação, caso a venda seja aprovada?
  • Os R$ 2 bilhões a serem pagos pelo BRB serão usados para capitalizar a operação restante do Master ou irão para os acionistas?

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