CNBC Donald Trump proíbe entrada de cidadãos de 12 países nos Estados Unidos

Economia Brasileira

Professora da FGV critica política monetária e benefícios fiscais: “Já teríamos R$ 60 bilhões para ajuste”

Publicado 02/06/2025 • 21:56 | Atualizado há 2 dias

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • A taxa de juros no Brasil perdeu força como instrumento de controle inflacionário, disse a economista Carla Beni, professora da Fundação Getúlio Vargas e conselheira do Corecom-SP, em entrevista ao Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC.
  • Ela alertou que o país vive um momento de crescimento econômico apesar da Selic elevada, o que sugere uma mudança estrutural no comportamento da economia.
  • Ela destacou que fatores como o preço dos alimentos exigem outras soluções além dos juros.

A taxa de juros no Brasil perdeu força como instrumento de controle inflacionário, disse a economista Carla Beni, professora da Fundação Getúlio Vargas e conselheira do Corecom-SP, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC. “Mesmo que você tenha uma elevação da Selic, ela tem uma baixa eficiência no controle inflacionário. Em política monetária, a gente chama isso de inocuidade, que significa algo sem efeito”.

Beni alertou que o país vive um momento de crescimento econômico apesar da Selic elevada, o que sugere uma mudança estrutural no comportamento da economia. “Nós estamos há dois anos crescendo mais de 3%. Isso mostra que houve uma recomposição da massa salarial, as contratações melhoraram e o resultado é esse PIB mais forte, mesmo com uma taxa de juros altíssima”.

Sobre a meta de inflação, a especialista criticou sua rigidez. “A nossa meta de 3% é praticamente inatingível no pós-pandemia. Existem vários estudos mostrando que, para um país em desenvolvimento como o nosso, essa meta poderia ser mais realista, chegando, por exemplo, a 5,3%. Essa rigidez força o Banco Central a manter a Selic em níveis muito altos, sem eficácia garantida”.

Leia mais:

“Não vale a pena correr esse risco”, diz economista sobre aumento do IOF

Focus: instituições elevam projeção de superávit comercial em 2025 para US$ 75 bilhões

A docente destacou que fatores como o preço dos alimentos exigem outras soluções além dos juros. “Ano passado, o IPCA foi de 4,8%, mas a inflação de alimentos foi 8%. Subir a Selic não faz chover. Precisamos rever estoques reguladores e pensar em políticas estruturais. A inflação dos alimentos é climática e tem efeito direto na popularidade dos governos”.

Beni defendeu uma ampla revisão do gasto público para enfrentar os problemas fiscais: “Reforma administrativa, corte nas emendas parlamentares, revisão de benefícios fiscais e do fundo eleitoral. Se a gente passasse uma régua de 10% sobre os R$ 600 bilhões em benefícios fiscais, já teríamos R$ 60 bilhões para ajuste”.

📌ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

MAIS EM Economia Brasileira