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Publicado 29/01/2025 • 16:50
KEY POINTS
O Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC recebeu para uma entrevista exclusiva o ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, que compartilhou sua visão sobre temas centrais para o cenário econômico global, incluindo política monetária, inflação, ambiente de negócios e as relações entre Brasil e Estados Unidos.
Chapman destacou a persistência da inflação nos EUA após a pandemia, um fator que levou o Federal Reserve (Fed) a adotar uma política mais cautelosa em relação à redução dos juros. Embora os índices tenham diminuído em comparação ao pico pós-pandemia, a inflação permanece elevada para os padrões americanos.
“Talvez 3%, 4% não pareça muito alto, mas para nós é. Vimos uma persistência da inflação, especialmente na área de comida e serviços. Esperamos que, com as novas medidas do governo, possamos reduzir essa taxa e os juros das hipotecas nos Estados Unidos”, afirmou Chapman.
O ex-embaixador ressaltou que as decisões do Fed impactam diretamente o ambiente de negócios, influenciando investimentos, financiamento de novos projetos e a confiança do empresariado.
“Inflação impacta tudo, desde a criação de novos projetos até a construção de prédios e a obtenção de crédito. Empresários menores são os mais afetados, pois enfrentam dificuldades para acessar financiamento bancário”, explicou.
Sobre a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, Chapman demonstrou otimismo com as perspectivas de ampliação do comércio bilateral e do investimento americano no Brasil. Ele destacou setores estratégicos, como minerais críticos, fintechs e serviços financeiros, como áreas de grande potencial.
“O Brasil é uma grande fonte de minerais críticos e os Estados Unidos têm isso como prioridade. Além disso, vemos o setor de fintech crescendo no Brasil e há interesse em expandir serviços financeiros para brasileiros nos EUA”, ressaltou.
Contudo, o diplomata alertou para desafios impostos por políticas protecionistas, como a imposição de tarifas de importação, que podem impactar a competitividade. “Uma palavra-chave nesta nova era será reciprocidade. Precisamos avançar os interesses dos dois países de forma equilibrada”, ponderou.
Ao ser questionado sobre as medidas anunciadas pelo novo governo Trump, Chapman destacou que ainda há muita especulação sobre o real impacto das políticas econômicas. “Acho que tem muita especulação exatamente sobre como será o impacto dessas medidas que já foram anunciadas como desejo do novo governo”, afirmou. Ele reforçou que, embora não represente mais o governo dos EUA, acompanha de perto o cenário e acredita que o otimismo prevalece, especialmente no setor de investimentos.
Chapman também abordou a proposta do governo Trump de reduzir a interferência do Estado na economia, com medidas para desregulamentar setores estratégicos e fomentar o crescimento do setor privado.
“Quando você quer construir uma casa ou abrir um restaurante, há uma série de regulamentos que podem tornar o processo lento e custoso. A nova administração está comprometida em desburocratizar a economia para fomentar o crescimento e a inovação”, disse.
Ao comparar o ambiente de negócios dos EUA com o do Brasil, o ex-embaixador destacou a complexidade regulatória como um dos maiores desafios enfrentados por empresários brasileiros. “O Brasil tem polos de inovação incríveis, como São Paulo, Florianópolis e São José dos Campos, mas há necessidade de replicar esse ambiente de negócios em todo o país”, afirmou.
A respeito da agenda ambiental, Chapman reconheceu que os EUA, sob a gestão Trump, priorizam a independência energética e a exploração de combustíveis fósseis, mas enfatizou que há um setor privado engajado na busca por soluções sustentáveis. “Há muitas empresas interessadas em avançar negócios que envolvam a proteção ambiental. A grande questão é se o governo deve subsidiar esse setor ou não”, observou.
Com a COP30 programada para ocorrer no Brasil em 2025, Chapman acredita que há oportunidades de cooperação entre os países nesse campo. “Ainda há muito espaço para diálogo e colaboração antes da conferência”, disse.
Encerrando a entrevista, Chapman reforçou seu otimismo quanto ao futuro das relações econômicas entre Brasil e Estados Unidos. “O crescimento do comércio e do investimento, aliado a uma relação mais pragmática e equilibrada, pode levar a avanços significativos para ambos os países”, afirmou.
O ex-embaixador, que teve uma trajetória de mais de 50 anos de envolvimento com o Brasil, ressaltou seu apreço pelo país e a confiança no potencial dos empreendedores brasileiros. “O Brasil tem empresas extraordinárias que já têm impacto global, como Gerdau, Braskem e WEG. O empreendedor brasileiro pode fazer muito mais, e há espaço para crescimento”, concluiu.
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