Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Irã abre discordância no Brics por se recusar a apoiar existência do Estado de Israel
Publicado 06/07/2025 • 18:16 | Atualizado há 1 dia
Preço do bitcoin está parado nos US$ 100 mil? Especialistas debatem próximos passos no mercado cripto
Trump anuncia tarifas de 25% para Japão e Coreia do Sul
Futuros de Wall Street caem após Trump ameaçar nova tarifa de 10% a países alinhados à postura “antiamericana” do BRICS
Tarifas vão ‘voltar’ aos níveis de abril até 1º de agosto para países sem acordos, diz Bessent
CoreWeave vai adquirir Core Scientific em acordo de US$ 9 bilhões
Publicado 06/07/2025 • 18:16 | Atualizado há 1 dia
KEY POINTS
Foto: Alex Ferro/BRICS Brasil
Ministrodas Relações Exteriiores do Irã, Seyed Abbas Araghchi participa da Abertura da Sessão plenária Paz e Segurança e Reforma da Governança Global na Cúpula de Líderes do BRICS no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, expressou uma divergência do país em relação à Declaração de Líderes do Brics, adotada neste domingo, dia (6). O país decidiu reafirmar sua histórica oposição à existência do Estado de Israel, e o apoio a um Estado Palestino único. “A República Islâmica do Irã expressa reservas à ideia de dois Estados proposta na declaração final dos líderes do Brics e registra suas reservas enviando uma nota”, disse Araghchi, no que a diplomacia costuma considerar uma explicação de voto em separado.
A declaração final do Brics repetiu a histórica proposta de apoio à existência de dois Estados. Ao apresentar a nota, o chanceler formalmente deixou de impedir uma declaração de consenso entre o Brics, o que seria um sinal de mais desacordo ainda no grupo e um fracasso diplomático para o Brasil.
Ele representou o presidente Masoud Pezeshkian, que não viajou ao Rio de última hora por causa do conflito com Israel. O Irã já tinha reservado 70 quartos de hotel para a delegação presidencial, em três andares do Windsor, na Barra da Tijuca.
Leia mais
Setor privado apresenta 24 propostas aos chefes de Estado do Brics na cúpula de 2025
Brics Brasil fala em mais protagonismo, finanças sustentáveis e alternativas ao dólar
Durante almoço de trabalho com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o chanceler iraniano expressou a posição do país sobre a questão palestina e pediu que os chefes de Estado e de governo fossem “realistas” e observassem a situação no terreno.
“Todos sabemos que, enquanto a questão palestina não for resolvida de forma justa, seu direito à autodeterminação não for garantido e os crimes do regime sionista contra os palestinos não forem interrompidos, a insegurança e a tensão não acabarão em nossa região e a paz e a estabilidade não serão estabelecidas”, disse o ministro.
“A solução de dois Estados, que vem sendo repetida há anos, não chegou a lugar nenhum, e está claro para todos que o próprio regime israelense é o maior obstáculo para sua concretização. Por favor, sejam realistas. Observem a situação”, afirmou o chanceler. Ele recordou que desde a discussão da partilha da Palestina, nas Nações Unidas, seu país vota contra. Essa é também a posição oficial adotada pela revolução islâmica, que trata o país como “regime sionista” ou “entidade sionista”, tamanha a rivalidade.
“A República Islâmica do Irã considera que uma solução justa para a Palestina seria um referendo com a participação de todos os habitantes originais da Palestina, incluindo judeus, cristãos e muçulmanos, e esta não é uma solução irrealista ou inatingível”, afirmou. A maior autoridade da diplomacia iraniana comparou a situação ao fim do apartheid na África do Sul, quando “surgiu um Estado democrático” com a convivência pacífica de negros e brancos. “Em nossa opinião, o mesmo padrão deve ser repetido na Palestina. A solução de dois Estados não funcionará, assim como não funcionou no passado”, afirmou.
“Em nossa opinião, a solução deve ser a formação de um Estado único e democrático, no qual os principais habitantes da Palestina, incluindo judeus, muçulmanos e cristãos, vivam juntos em paz, e esta é a maneira de garantir a justiça, pois sem justiça, o problema palestino não será resolvido, e sem resolver o problema palestino, outros problemas na região não serão resolvidos”, disse. Em outro discurso, o ministro agradeceu aos líderes do Brics por elevarem o tom e passarem a condenar os bombardeios promovidos por Estados Unidos e Israel. “Gostaria de expressar minha sincera gratidão aos estimados membros do Brics que, cientes de sua grave responsabilidade pela paz e segurança internacionais, condenaram os atos de agressão contra meu país por dois regimes nucleares desde 13 de junho”, disse o ministro.
—
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
Trump ameaça aplicar tarifa extra de 10% a países que se alinham com as políticas “antiamericanas” do BRICS
Trump critica tratamento dado a Bolsonaro e fala em "caça às bruxas" no Brasil
Estatal chinesa assina acordo com Brasil para construir ferrovia entre Atlântico e Pacífico
Trump anuncia tarifas recíprocas para 14 países; veja quais
Haddad edita portaria com cortes de gastos no Ministério da Fazenda