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Em abertura da Cúpula do Brics, Lula diz que multilateralismo vive “colapso sem paralelo”
Publicado 06/07/2025 • 11:38 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 06/07/2025 • 11:38 | Atualizado há 4 meses
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Isabela Castilho | BRICS Brasil
Presidente Lula discursa na Cúpula dos Brics.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a reforma das instituições multilaterais e a construção de uma ordem internacional multipolar durante a abertura da 17ª Cúpula do Brics neste domingo (6), no Rio de Janeiro.
Em sua fala, Lula destacou os desafios enfrentados pelo sistema multilateral, as crises em curso e a necessidade de atualização da governança global. “Vivemos o colapso sem paralelo do multilateralismo”, afirmou, ao citar os 80 anos de criação da Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo ele, o advento da ONU marcou a derrota do nazifascismo e o nascimento de uma esperança coletiva, mas o atual cenário internacional é de perda de credibilidade e paralisia.
Lula apontou que avanços conquistados no comércio, no meio ambiente e na saúde global estão ameaçados. De acordo com o presidente, a pandemia evidenciou a fragilidade dos sistemas de saúde e a restrição de acesso a medicamentos, provocada por exigências sobre propriedade intelectual. Ele criticou ainda a corrida armamentista e questionou a dificuldade de destinar recursos para o desenvolvimento.
O presidente citou as intervenções militares recentes e os conflitos não resolvidos em regiões como Afeganistão, Iraque, Líbia e Síria. Segundo ele, essas ações tiveram consequências para a estabilidade no Oriente Médio e Norte da África. “É mais fácil destinar 5% do PIB para gastos militares do que alocar os 0,7% prometidos para assistência oficial ao desenvolvimento”, disse.
No discurso, Lula defendeu a ampliação do Conselho de Segurança da ONU e a inclusão de novos membros permanentes da África, América Latina e Caribe. Para o presidente, essa medida não é apenas uma questão de justiça, mas de garantia da sobrevivência da própria ONU.
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Lula defendeu a criação de um Estado Palestino dentro das fronteiras de 1967 e repudiou ações terroristas praticadas pelo Hamas, mas condenou o que classificou como genocídio em Gaza. “A solução desse conflito só será possível com o fim da ocupação israelense”, declarou.
O presidente citou ainda iniciativas de países do Sul Global, como o Grupo de Amigos para a Paz, formado por Brasil e China, que busca alternativas para o fim das hostilidades na Ucrânia. Ele lembrou também a crise no Haiti e defendeu a ampliação do papel da missão da ONU no país, combinando ações de segurança e desenvolvimento.
Lula concluiu que os Brics, por sua representatividade e diversidade, devem contribuir para a construção de uma nova governança internacional. “Cada dia que passamos com uma estrutura internacional arcaica e excludente é um dia perdido para solucionar as graves crises que assolam a humanidade”, afirmou.
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