‘Democracia para poucos não é democracia plena’, diz Lula em ato sobre 8 de janeiro
Publicado 08/01/2025 • 13:08 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 08/01/2025 • 13:08 | Atualizado há 4 meses
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Em discurso na manhã desta quarta-feira (8) no Palácio do Planalto, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lembrou os dois anos dos ataques aos prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, reforçando a defesa da democracia. “Podemos dizer em alto e bom som: ainda estamos aqui”. Lula fez uma referência ao filme que rendeu o Globo de Ouro à atriz Fernanda Torres.
O presidente destacou a resiliência das instituições democráticas e a importância de preservar os valores fundamentais do país. “Democracia para poucos não é democracia plena. Por isso, a democracia será sempre uma obra em construção. A democracia será plena quando todos e todas os brasileiros, sem exceção, tiver acesso à alimentação de qualidade, saúde, educação, segurança, cultura e lazer”, disse.
“Estamos aqui para lembrar que se estamos aqui, é porque a democracia venceu. Caso contrário, talvez muitos de nós estivéssemos presos, exilados ou mortos, como aconteceu no passado, e não permitiremos que aconteça outra vez. Se hoje podemos pensar livremente, é porque a democracia venceu”, afirmou o presidente.
Ainda no discurso, Lula ressaltou que “Se hoje estamos aqui, é para renovar nossa fé no diálogo entre os opostos, na harmonia entre os três poderes e no cumprimento da Constituição, é porque a democracia venceu”. “Ao contrário, a truculência tomaria o lugar do diálogo. A Constituição seria rasgada e os direitos humanos suprimidos. Hoje estamos aqui, em nome daquelas e daqueles que não possam mais estar”, segue o presidente.
Ainda no texto, Lula afirmou que os responsáveis pelo 8 de janeiro estão sendo investigados e punidos, e que ninguém foi ou será preso injustamente.
“Todos pagarão pelos crimes que cometeram, inclusive os que planejaram o assassinato do presidente e do vice-presidente da República, e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Terão amplo direito de defesa e terão direito à presunção de inocência. Defenderemos sempre a liberdade de expressão, mas não seremos tolerantes com discurso de ódio”, destacou o presidente.
A cerimônia foi encerrada com o ato simbólico denominado “Abraço da Democracia”, na Praça dos Três Poderes. Nesse momento, o presidente Lula, acompanhado das principais autoridades, desceu a rampa do Palácio do Planalto para se reunir com o público.
Participam também da cerimônia integrantes do Ministério da Cultura, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da Universidade Federal de Pelotas, da Embaixada da Suíça e de movimentos sociais. Confira:
Ao todo, 21 obras restauradas após o 8 de janeiro retornaram oficialmente ao acervo da Presidência da República – incluindo um relógio pêndulo do século 18 e um quadro do artista Di Cavalcante.
“A preservação desse legado que une cultura, história e democracia é responsabilidade de todos”, destacou a primeira-dama Janja da Silva, durante a cerimônia. “A memória é um dos alicerces mais importantes da nossa identidade enquanto brasileiros. Sua preservação não é a apenas uma homenagem ao passado, mas também um compromisso com o futuro”, disse.
“O restauro das obras de arte do palácio é a parte desse esforço comum com a nossa democracia. Não conseguiram impedir a liberdade nem destruir a beleza. Contra a violência e cinza do autoritarismo, fazemos brotar o colorido da nossa cultura e a alegria do nosso povo”.
A restauração das peças, segundo Janja, contou com a colaboração do governo da Suíça e da embaixada da Suíça no Brasil, do Ministério da Cultura por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Universidade Federal de Pelotas.
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