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Dólar fecha a R$ 6, apesar de Lira e Pacheco tentarem acalmar mercado
Publicado 29/11/2024 • 09:51 | Atualizado há 7 meses
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Publicado 29/11/2024 • 09:51 | Atualizado há 7 meses
KEY POINTS
Nesta sexta-feira (29), o dólar encerrou o dia cotado a R$ 6,05 para venda e R$ 6,0529 para compra, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central. A moeda norte-americana manteve o cenário de alta observado ao longo da semana, refletindo as tensões fiscais e econômicas no Brasil.
Os ativos brasileiros operaram sem trégua no pessimismo do investidor com o cenário fiscal. O dólar abriu em forte alta, enquanto o Ibovespa opera na direção contrária.
Por volta das 15h40, os principais indicadores financeiros apresentavam o seguinte cenário:
Nem mesmo comentários do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, sobre perseguir a meta e sinalizando a continuidade do aperto da Selic, nem o superávit do setor público próximo das expectativas, foram capazes de abrir espaço para uma correção de baixa.
Os mercados também estão descolados do exterior, onde os rendimentos dos Treasuries recuam e o dólar se desvaloriza ante maioria das moedas emergentes e ligadas a commodities.
Em uma postagem na rede social X (antigo Twitter), o presidente da Câmara, Arthur Lira, disse que “toda medida de corte de gastos contará com esforço, celeridade e boa vontade” da Casa.
Já, em nota, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, foi na mesma direção. “É importante que Congresso apoie medidas de corte de gastos ainda que não sejam simpáticas”. Segundo Pacheco, a “isenção de IR, embora desejo de todos, não é pauta para agora”.
Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, afirma que o pacote de cortes de despesas anunciado por Fernando Haddad não foi suficiente para recuperar a confiança dos agentes econômicos de que retomar o equilíbrio fiscal do país é prioridade para o governo.
“O cenário, que já continha fontes importantes de incerteza, certamente passou a apresentar maiores riscos após os anúncios dessa semana. Entramos em dezembro com perspectivas maiores para um contexto macroeconômico com a combinação perversa de juros e inflação mais altos. E a pressão sobe para executivo, legislativo e autoridades monetárias”, disse.
Bruno Takeo, estrategista da Potenza, afirma que esses sinais são positivos, pois sugerem que a Câmara apertará o pacote de corte de gastos, cuja economia anunciada de R$ 70 bilhões é vista como impossível de se alcançar por especialistas. “E pode acontecer de barrarem a isenção de IR para quem recebe até R$ 5 mil. Há uma dúvida gigantesca também em relação a isso”, afirmou.
“A tendência é que o estresse na variação cambial se mantenha nos próximos dias, enquanto aguardamos o avanço do pacote de corte de gastos no Congresso e como ele deve se desenvolver nas próximas semanas”, disse Gabriela Paixão, planejadora financeira do Grupo Fractal.
“Ao meu ver, o câmbio tende a se acomodar mais próximo de R$ 6,00 ainda, mostrando uma volatilidade diante desses ruídos fiscais que a gente já ouviu nos últimos dias”, afirmou Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research.
Na quinta-feira (28), o dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,99 (R$ 5,9871), registrando uma alta de 1,30%. A moeda norte-americana chegou a bater o patamar de R$ 6 em dois momentos, com o mercado reagindo às novas medidas fiscais anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, incluindo a isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil.
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