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‘Vamos perder muito negócio até estabilizar’, diz diretor do Sebrae-SP sobre impacto de tarifas de Trump

Publicado 10/04/2025 • 13:57 | Atualizado há 2 semanas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • De acordo com Vinholi, o impacto das tarifas não se limita à exportação. Ele ressalta que há também consequências importantes para quem importa insumos.
  • "A curto prazo, o cenário traz apenas malefícios e impactos negativos para os nossos empreendedores”, disse ele.
  • “Esses setores devem sentir o impacto imediato. No entanto, há também uma possibilidade de abertura de mercado em função da queda nas relações comerciais entre EUA e China”, explicou ele.
Marco Vinholi, diretor-técnico de Empreendedorismo e Novos Negócios do Sebrae-SP

Marco Vinholi, diretor-técnico de Empreendedorismo e Novos Negócios do Sebrae-SP

As tarifas de Donald Trump têm afetado diversos setores comerciais, gerando alta nos custos e nas matérias-primas, dentro e fora do Brasil. Além disso, o cenário de incerteza provocado pelo presidente tem gerado muitas dúvidas no mercado global.

Em entrevista exclusiva ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, nesta quinta-feira (10), Marco Vinholi, diretor-técnico de Empreendedorismo e Novos Negócios do Sebrae-SP, comentou os impactos das tarifas impostas por Trump.

Segundo ele, as tarifas estão elevando o custo da matéria-prima, gerando incertezas no mercado global e impactando diretamente o empreendedorismo brasileiro.

“Sem dúvidas, os maiores impactados serão os pequenos empreendedores do Brasil. Temos acompanhado um processo de internacionalização nos últimos anos, impulsionado principalmente pelo avanço dos marketplaces e pelas facilidades tecnológicas, que beneficiaram muitos importadores”, afirmou.

Ainda de acordo com Vinholi, o impacto das tarifas não se limita à exportação. Ele ressalta que há também consequências importantes para quem importa insumos.

“Isso vai ter um impacto gigantesco, tanto para quem exporta quanto para quem depende da importação de matéria-prima. A situação cria uma oportunidade de buscar novos mercados e fortalecer relações comerciais, mas, sem sombra de dúvidas, o que mais define o momento é a instabilidade”, destacou.

“Imagine só quem tem contratos firmados para compra ou venda de produtos e, de repente, essas tarifas surgem e viram de cabeça para baixo toda a negociação. É um período de incertezas, e ninguém sabe exatamente o que vai acontecer nos próximos anos. A curto prazo, o cenário traz apenas malefícios e impactos negativos para os nossos empreendedores”, completou.

Segundo ele, os setores mais vulneráveis no momento são os que exportam diretamente para os Estados Unidos, como os de aço, alumínio, café, suco de laranja, papel, carne e frango.

“Esses setores devem sentir o impacto imediato. No entanto, há também uma possibilidade de abertura de mercado em função da queda nas relações comerciais entre EUA e China”, explicou.

Ele mencionou, por exemplo, a participação expressiva de empresários brasileiros na Canton Fair, uma das maiores feiras comerciais da China, como uma reação estratégica à conjuntura atual.

“Estamos falando do pessoal do calçado de Birigui, de Franca, gente que entende que com esse atrito entre Estados Unidos e China, podem surgir boas oportunidades. Mas, como eu disse, ainda vivemos um momento de incerteza”, afirmou.

Para Vinholi, o grande problema está na falta de previsibilidade.

“É muito difícil projetar a longo prazo quando se enfrentam mudanças quase diárias nas tarifas. Isso impacta a produção e a negociação. Durante esse período, muitos negócios ficam em ‘standby’ e, com isso, vamos perder muito até que a situação se estabilize”, concluiu.

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