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Açúcar deve ter superávit global na safra 2025/26
Publicado 26/11/2025 • 13:56 | Atualizado há 12 minutos
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Publicado 26/11/2025 • 13:56 | Atualizado há 12 minutos
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Açúcar deve ter superávit global na safra 2025/26
Açúcar deve ter superávit global na safra 2025/26
A nova revisão da StoneX para o mercado global de açúcar indica um cenário de maior oferta e preços pressionados na safra 2025/26. A consultoria projeta um superávit de 3,7 milhões de toneladas, o maior saldo desde o ciclo 2017/18. O avanço dos estoques e a desaceleração do consumo sustentam o viés baixista para o próximo ano.
Segundo o relatório, os estoques globais devem crescer 5% e alcançar 77,3 milhões de toneladas, elevando a relação estoque/uso para 39,9%, nível próximo da média histórica das últimas duas décadas. Esse movimento reforça a tendência de preços mais baixos, já observada desde setembro, quando os contratos em Nova Iorque recuaram para níveis abaixo de US¢ 16/lb e seguiram pressionados em novembro.
Para Marcelo Di Bonifácio, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, o comportamento das importações globais tem sido o principal fator para a queda nas cotações. “Mesmo com déficit no ciclo 2024/25, muitos países reduziram compras externas e passaram a consumir estoques internos, sustentando a trajetória de queda dos preços”, afirma.
Além da redução das importações, a demanda interna de vários países está mais fraca do que o esperado, intensificando a pressão sobre o mercado de açúcar. A China e a Índia aparecem entre os principais responsáveis por esse ajuste.
Di Bonifácio avalia que o desempenho das safras do Hemisfério Norte — especialmente Índia e Tailândia — será decisivo para ajustar as projeções nos próximos meses. No Brasil, o comportamento das chuvas durante a entressafra deve influenciar o equilíbrio global.

A safra 2025/26 começou com forte aceleração na Índia. No início de novembro, 325 usinas já estavam em operação, resultando em 12,8 milhões de toneladas de cana moída (+41%) e 1,05 milhão de toneladas de açúcar produzido (+47%).
O desempenho é favorecido pela normalidade do calendário agrícola e pela ausência de chuvas tardias. “Essa entrada mais rápida do açúcar indiano adiciona oferta relevante em um momento de consumo mais fraco”, explica o analista.
A ISMA elevou sua projeção para 34,9 milhões de toneladas antes do desvio para etanol. A StoneX, por sua vez, estima 35,8 milhões antes do desvio e produção final de 32,3 milhões de toneladas de açúcar branco, alta de 24% sobre a safra anterior.
A Tailândia deve iniciar sua safra entre 1º e 11 de dezembro, após chuvas 7% acima da média na principal região produtora.
Com o desempenho de Índia, Tailândia e Paquistão, a produção de açúcar na Ásia deverá ultrapassar 80 milhões de toneladas, aproximando-se do recorde de 81 milhões registrado em 2021/22.
Apesar dos ganhos em produtividade agrícola, a Europa deve reduzir sua produção de açúcar na safra 2025/26. A queda da área plantada reflete um ambiente de baixa remuneração e maior competição de importações, principalmente após acordos comerciais que ampliaram o volume vindo da Ucrânia.
A possível assinatura do acordo entre União Europeia e Mercosul também preocupa produtores locais, que veem risco de perda adicional de competitividade.
A StoneX revisou sua estimativa para o Centro-Sul brasileiro em 2026/27, ajustando o mix açucareiro de 51,3% para 50,6%. O movimento leva em conta a atratividade maior do etanol em meio à queda recente dos preços do açúcar e à perspectiva menos favorável para o etanol de milho.
No México, a CONADESUCA espera que a produção suba para 5,3 milhões de toneladas em 2025/26, recuperando parte do desempenho do ciclo anterior. A StoneX projeta 5,1 milhões.
Nos Estados Unidos, a produção deve permanecer em torno de 8,5 milhões de toneladas, mas a demanda segue em queda, impulsionada pela redução do consumo de produtos açucarados. Para Di Bonifácio, o movimento está ligado à mudança de hábitos alimentares e ao avanço do uso de medicamentos análogos ao GLP-1, como Ozempic.
Com a revisão nas importações de grandes compradores, como Indonésia e China, o déficit do início de 2026 deve ser menor que o previsto anteriormente. No Brasil, o impacto deve aparecer apenas no terceiro trimestre de 2026, com efeitos modestos devido ao superávit global esperado.
A StoneX divulgará em dezembro a atualização completa do balanço global de comércio do açúcar.
A estimativa de consumo global para 2025/26 foi ajustada para 193,8 milhões de toneladas, crescimento de 0,5% no ano. O corte mais significativo ocorreu na Índia e na China, alinhando a demanda às projeções mais conservadoras das autoridades locais.
A forte revisão da demanda altera diretamente o saldo global da commodity e explica boa parte da pressão recente sobre os preços.
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