Fundos de hedge venderam o maior volume de ações em um único dia desde 2010, segundo relatório do Goldman Sachs divulgado nesta quinta-feira (4). A movimentação histórica foi impulsionada por uma onda de aversão ao risco, que tomou conta dos mercados após o anúncio de novas tarifas de importação pelo governo dos Estados Unidos.
O banco americano aponta que os gestores aumentaram principalmente as apostas vendidas em ações, além de reduzirem posições compradas em crédito e ETFs. O movimento sugere uma forte reavaliação do cenário macroeconômico, com aumento da probabilidade de uma recessão no radar dos investidores institucionais.
Entre os setores mais impactados, o financeiro foi destaque: as ações dos bancos e instituições financeiras americanas registraram o maior volume de vendas desde 2016. Por outro lado, segmentos considerados mais resilientes em tempos de crise, como imóveis, bens de consumo essenciais e utilidades públicas, mostraram desempenho positivo, com compras líquidas.
Apesar da turbulência, os fundos long/short conseguiram limitar perdas no ano para 4,2%, um desempenho superior ao do S&P 500, que acumula queda de 12,86% no mesmo período. O Goldman também chama atenção para o nível de alavancagem dos fundos, que permanece próximo ao pico de 12 meses, sinalizando que a disposição ao risco ainda persiste – mesmo em meio à volatilidade.
O relatório se torna um alerta para os próximos movimentos de mercado, considerando especialmente o atual contexto geopolítico e as expectativas de política monetária.
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