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Publicado 07/01/2025 • 17:08
KEY POINTS
O plano de recuperação judicial (RJ) da Americanas – aprovado no final do primeiro semestre de 2024 e aceito por mais de 90% dos credores – foi o mais adequado para o momento pelo qual a varejista enfrentava, disse o CEO da companhia, Leonardo Coelho. Segundo ele, atualmente, o acordo está sendo cumprido “à risca”.
“Hoje, o plano de recuperação judicial está sendo cumprido integralmente à risca. Todos os pagamentos previstos até o momento foram realizados, e tudo aquilo que a gente tem projetado em termos de vendas mostram que vamos conseguir chegar ao final desse processo com o plano cumprido”, disse em entrevista ao jornal Money Times, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
Coelho afirmou que logo depois que o plano de RJ foi aprovado, a ideia era garantir o pagamento de todos os credores chamados de ‘classe 1’, que são os trabalhistas.
“No caso da Americanas, a gente não tinha dívida com eles. Então, passamos imediatamente ao pagamento dos credores colaboradores do plano de RJ, que eram nossos fornecedores. Com isso, conseguimos nos organizar para que as nossas lojas não tivessem ruptura, mesmo nos momentos mais críticos de 2023 e 2024”.
Em relação à reestruturação da Americanas, o CEO disse que tanto em relação à operação, vendas e resultado do negócio, a varejista vem melhorando “trimestre após trimestre”.
Agora, a expectativa é continuar nesse ritmo, já que muitos ajustes internos estão em fase final de maturação. Coelho disse que a varejista chegou a medir diretamente com clientes o índice de favorabilidade da marca para entender o quanto a RJ estava “machucando” a empresa.
“Honestamente, até com um pouco de surpresa, esse índice nunca foi menor do que 85%. E o índice de pessoas que esperavam que a Americanas saísse da crise nunca foi menor do que 92%. Isso mostra o quanto a marca é forte, e como essa empresa se relaciona de uma maneira muito diferente com seu cliente, e que se sente muito bem em casa.”
Assim, Coelho afirma que desde a aprovação do plano de recuperação judicial, a Americanas “voltou a fazer varejo como uma companhia normal”.
“Continuamos encerrando lojas que são deficitárias, sempre que necessário, mas estamos fazendo muito movimento de abertura de novas lojas agora, especialmente olhando para 2025 e 2026. O que eu espero de Americanas, olhando para os próximos anos, é uma empresa que ainda tem uma base de lojas físicas bastante relevante, mas que tenha também um braço digital que apoie esse experiência de consumo do nosso cliente.”
O CEO da Americanas afirmou que mesmo durante todo o processo de recuperação judicial pelo qual a empresa passou, considerado desafiador, o cliente não abandonou a varejista.
“O cliente da Americanas é quase um ‘cliente torcedor’. Esse talvez tenha sido o principal ativo que a gente redescobriu nesse processo. Sem isso, tudo o que veio depois não teria sido possível. Pensando nisso, o que a gente tem construído é basicamente uma oferta de valor que garanta a esse cliente tradicional a possibilidade de encontrar a melhor oferta e melhor preço.”
O CEO afirmou que a fase de recuperação da companhia acabou criando uma “união interna muito grande”.
“São mais de 30 mil associados que fazem com que a entrega dessa proposta de valor ocorra de maneira uniforme para o cliente. Hoje, o principal aspecto que sobra é uma cultura de gente que quer fazer a diferença, que quer fazer o certo. Continuar entregando valor como entregava no passado e os resultados que se espera”.
Para ele, 2025 será um ano complexo para o varejo, “mas não tão diferente do que tem sido nos últimos anos”.
“É um ano de taxa de juros elevada, e isso inibe propensão ao consumo, afeta renda disponível. É um ano de câmbio elevado, mas para a Americanas, especificamente, nosso ticket médio é ao redor de R$ 50. Isso faz com que esse efeito de câmbio e de juros aconteça, mas de uma forma um pouco diferente, porque nesse ticket, a gente consegue passar com algum nível de manobra interna”, disse.
“A gente tem trabalhado muito forte para reforçar nossa rede de fornecededores no Brasil, porque aí a gente foge um pouco da armadilha cambial, pelo menos parcialmente. Não vamos deixar de trazer produtos importados”, afirmou.
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