O CEO da Amazon, Andy Jassy, divulgou nesta quinta-feira (10) sua carta anual aos acionistas, na qual prevê que os avanços rápidos na área de inteligência artificial, aliados a um mercado de chips mais competitivo, irão eventualmente reduzir os custos dessa tecnologia.
“A IA não precisa ser tão cara quanto é hoje e não será no futuro”, escreveu Jassy.
Segundo ele, chips com melhor desempenho em relação ao custo, juntamente com avanços em “destilação de modelos, cache de prompts, infraestrutura computacional e arquiteturas de modelos”, ao longo do tempo, reduzirão o “custo por unidade em IA”, o que permitirá que a tecnologia seja usada “tão amplamente quanto os clientes desejarem”.
Jassy comparou esse movimento ao crescimento da nuvem da Amazon, que reduziu os custos de computação e armazenamento, resultando em “mais invenções, melhores experiências para os clientes e maior investimento absoluto em infraestrutura”.
A Amazon destinou até US$ 100 bilhões este ano para despesas de capital, com a maior parte voltada a projetos relacionados à IA.
A empresa acelera os investimentos em data centers, equipamentos de rede e hardware para atender à enorme demanda por inteligência artificial generativa, que disparou desde o lançamento do ChatGPT pela OpenAI no final de 2022.
A Amazon apresentou uma série de produtos de IA, incluindo seus próprios modelos Nova, chips Trainium, um chatbot de compras e um marketplace para modelos de terceiros chamado Bedrock. Também reformulou sua assistente digital Alexa com recursos de IA generativa.
Desde que assumiu o cargo de CEO em 2021, após a saída de Jeff Bezos, Jassy tem buscado simplificar a vasta operação da Amazon e controlar custos, ao mesmo tempo, em que intensifica investimentos em áreas estratégicas.
A empresa demitiu mais de 27 mil funcionários entre 2022 e 2023. Também realizou rodadas menores de cortes em 2024, que continuam neste ano.
Além disso, a Amazon tem encerrado algumas iniciativas mais experimentais ou não lucrativas, como o serviço de roupas “Experimente antes de comprar”, um feed de vídeos no estilo TikTok e um programa de entrega física ultrarrápida.
Jassy afirmou que a Amazon precisa continuar operando como a “maior startup do mundo”, ágil, sem burocracia, “mão na massa” e disposta a correr riscos.
Em setembro do ano passado, como parte de uma política mais ampla de retorno ao trabalho presencial, Jassy anunciou que a estrutura corporativa da Amazon seria simplificada. E
Ele estabeleceu como meta aumentar a proporção de colaboradores individuais em relação aos gestores em 15% até o fim do primeiro trimestre deste ano.
Como parte desse esforço, Jassy também criou uma “caixa de entrada contra a burocracia”. Ele disse que, até esta quinta, recebeu quase mil e-mails de funcionários relatando exemplos de burocracia e que a empresa já fez mais de 375 mudanças com base nesse feedback.
“Construtores odeiam burocracia”, escreveu Jassy.
“Ela os atrasa, os frustra e os impede de fazer o que vieram fazer aqui. Como líderes, nem sempre vemos a papelada escondida nas profundezas da organização, mas com certeza podemos eliminá-la quando a identificamos. Já fizemos mais de 375 mudanças com base nesse feedback.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
