Ações de defesa interrompem perdas abruptamente enquanto tarifas de Trump causam turbulência nos mercados globais
Publicado 07/04/2025 • 10:40 | Atualizado há 2 semanas
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Publicado 07/04/2025 • 10:40 | Atualizado há 2 semanas
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Divulgação
Gigantes europeias da defesa foram impactadas nesta segunda-feira (7), revertendo abruptamente parte das perdas à medida que os investidores seguem lidando com a forte queda nos mercados acionários.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não deu sinais de recuar em sua política comercial agressiva após anunciar novas tarifas generalizadas na semana passada, afirmando que “às vezes você precisa tomar o seu remédio”.
Os mercados acionários dos EUA caíram fortemente pelo segundo dia consecutivo na sexta-feira, com os três principais índices registrando quedas superiores a 5%, dentro de um movimento global de liquidação. Os futuros das bolsas americanas também operavam em baixa na manhã desta segunda.
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As ações europeias do setor de defesa, que haviam subido nos últimos meses com o impulso regional por independência estratégica, reduziram perdas conforme o movimento de venda no setor diminuiu ao longo do pregão.
A fabricante alemã de armamentos Rheinmetall recuava 2,4% por volta das 13h55 no horário de Londres (8h55 em Brasília), após cair até 27% logo após a abertura do mercado. Segundo a Reuters, a empresa chegou a caminhar para seu pior dia da história.
Os papéis da gigante alemã de defesa Thyssenkrupp caíram 6,4%; os da Renk Group, também da Alemanha, recuavam 3,3%, enquanto a francesa Thales tinha baixa de 4%. A sueca Saab caía 2,7% e a italiana Leonardo operava em queda de 3,4%.
Nos Estados Unidos, as ações da Lockheed Martin e da General Dynamics recuavam cerca de 2% e 4,4%, respectivamente, no pré-mercado, enquanto a Northrop Grumman registrava queda de 4,5%.
Apesar do movimento, Ben Heelan, chefe de pesquisa em aeroespacial e defesa da região EMEA no Bank of America, disse que o impacto das tarifas sobre as ações europeias de defesa tende a ser “relativamente pequeno”. Ele acrescentou que os preços atuais representam uma “grande oportunidade” para investidores.
“O que vimos na Europa agora foi uma mudança de mentalidade — e agora temos visibilidade. Temos uma trajetória de crescimento de cinco a dez anos à frente, à medida que avançamos para 3% do PIB”, afirmou Heelan ao programa Squawk Box Europe, da CNBC, nesta segunda.
“O próximo dado importante virá com os resultados do primeiro trimestre, quando acredito que teremos muitos comentários das empresas sobre capacidades e revisões de desempenho”, completou.
As declarações ocorrem em um momento em que os gastos com defesa na Europa devem disparar, em meio à crescente pressão de Trump, que argumenta que os aliados dependem demais dos EUA para sua própria segurança.
Na Alemanha, parlamentares aprovaram uma reforma histórica no endividamento, abrindo caminho para um aumento maciço nos gastos com defesa. Já o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, prometeu elevar os gastos nacionais britânicos com o setor.
A União Europeia também elaborou planos para mobilizar até 800 bilhões de euros (cerca de US$ 862,2 bilhões) para fortalecer a segurança regional.
Questionado sobre a forte queda nas ações da Rheinmetall nesta segunda-feira, Heelan, do Bank of America, explicou: “O que estamos vendo hoje é apenas o efeito de desmonte de posições em um setor que foi muito, muito querido pelos investidores, especialmente nos últimos três a seis meses.”
O termo de-grossing (desmonte) se refere a quando fundos de hedge reduzem significativamente sua exposição a um determinado mercado ou classe de ativos.
Na quarta-feira, Trump anunciou novas tarifas abrangentes como parte de sua política de “tarifas recíprocas”, incluindo uma taxa de 10% sobre quase todos os países, além de tarifas muito mais elevadas sobre diversos produtos.
A Casa Branca também impôs uma tarifa separada de 25% sobre a importação de automóveis estrangeiros, além de uma tarifa de 25% sobre todos os produtos de aço e alumínio.
Loredana Muharremi, analista de ações da Morningstar, disse nesta segunda-feira que, mesmo que as tarifas de Trump se estendam a produtos relacionados à defesa, o impacto sobre as ações europeias cobertas por ela provavelmente será limitado.
“Embora ainda seja cedo para avaliar completamente o impacto das novas tarifas no setor de defesa, vale notar que a Europa continua sendo importadora líquida de equipamentos militares dos EUA”, disse Muharremi por e-mail à CNBC.
“Empresas como BAE Systems, Rheinmetall, Thales, Saab e Leonardo já estabeleceram — e, em muitos casos, expandiram — sua presença industrial nos EUA, prevendo uma possível reeleição de Trump. Essa presença local não só facilita o acesso a contratos de defesa americanos como também funciona como proteção contra tarifas”, afirmou.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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