A BlackRock está vendo uma mudança entre os investidores de Big Tech. Jay Jacobs, chefe de ETFs de ações da firma nos EUA, constata que eles estão optando por temas direcionados como inteligência artificial.
“Uma das maiores tendências (trades) que estamos vendo este ano é simplesmente as pessoas saindo do setor de tecnologia tradicional e se tornando mais granulares em ETFs específicos de IA, como o BAI [iShares A.I. Innovation and Tech Active ETF] da BlackRock”, disse Jacobs ao “ETF Edge” da CNBC esta semana.
O fundo oferece aos investidores exposição, desde fabricantes de semicondutores até modelos de linguagem de grande escala no ecossistema de IA, de acordo com Jacobs.
O website iShares da BlackRock listou Nvidia, Broadcom, Meta Platforms e Microsoft como os principais ativos do BAI esta semana.
A Factset calcula que ações de tecnologia eletrônica e serviços de tecnologia representam mais de 85% de seus ativos. Na sexta-feira, o ETF caiu cerca de 5% junto com o Nasdaq, que é fortemente ligado à tecnologia. No entanto, o BAI subiu 36% desde sua criação em 21 de outubro passado.
‘As pessoas querem participar desta tendência potencialmente muito desestruturadora’
Jacobs também está otimista em relação a ações relacionadas à blockchain, observando que o forte entusiasmo em torno do ethereum impulsionou um interesse significativo dos investidores.
Ele afirma que o iShares Ethereum Trust ETF (ETHA) da BlackRock, um fundo de gestão passiva que acompanha o preço à vista do ether, tem sido um beneficiário da tendência. Ele subiu quase 42% nas últimas 12 semanas, com base no fechamento de sexta-feira.
“O Ethereum é na verdade uma aposta na tecnologia blockchain e em outras maneiras de usá-la por meio de coisas como stablecoins e tokenização”, disse Jacobs. “As pessoas querem participar desta tendência potencialmente muito desestruturadora.”
O fundador e CEO da Amplify ETFs também vê oportunidade no espaço das criptomoedas. A firma oferece exposição à blockchain através do Amplify Transformational Data Sharing ETF (BLOK). É um fundo de gestão ativa que investe em empresas diretamente envolvidas no desenvolvimento ou implantação de infraestrutura blockchain, de acordo com o website da Amplify ETF.
“Há uma variedade de casos de uso em torno da blockchain, seja stablecoins para pagamentos… ou sua tokenização de ativos, que pode acontecer com imóveis ou ações”, disse Christian Magoon na mesma entrevista.
“Achamos que este é um tema principal que irá impactar não apenas a tecnologia, mas também fintech e, é claro, a comunidade cripto.”
Magoon também apontou novas regulamentações como um tailwind para o setor. Em julho, o presidente Donald Trump sancionou a legislação de stablecoin GENIUS Act, o que poderia impulsionar a confiança dos investidores em stablecoins.
“Somos pioneiros nesse espaço, e achamos que o upside continuará, especialmente dada a administração atual e algumas das medidas regulatórias que estamos vendo de exchanges, bem como de grandes participantes do mercado de capitais”, ele acrescentou.
O BLOK caiu mais de 5% na sexta-feira, mas ainda subiu quase 89% no último ano.
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