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Dólar pode cair para R$ 5,50 até o fim do ano, afirma economista Felipe Salto

Publicado seg, 27 jan 2025 • 9:21 PM GMT-0300 | Atualizado há 17 dias

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • Felipe Salto, da Warren Investimentos, analisou os recentes movimentos do dólar e as projeções para o câmbio brasileiro.
  • O economista destacou que a frustração do mercado com promessas não cumpridas, como a redução de gastos, impactou diretamente a cotação do dólar, que chegou a superar os R$ 6,00.
  • Embora a política fiscal ainda precise de ajustes, como afirmou Salto, ele acredita que o dólar pode continuar se ajustando para patamares mais baixos se o governo não cometer erros.

Se o governo mantiver uma política fiscal estável e realizar os ajustes necessários, o dólar pode atingir valores próximos de R$ 5,50 a R$ 5,60 até o fim do ano, afirmou o economista-chefe e sócio da Warren Investimentos, Felipe Salto, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

Ele analisou os recentes movimentos do dólar e as projeções para o câmbio brasileiro, indicando que a queda da moeda americana pode ser uma tendência até o fim de 2025.

Salto afirmou que o movimento de valorização do real já é visível, mas disse que a queda do dólar não ocorre devido a uma melhora instantânea na situação fiscal. “A meu ver, lá no final do ano passado, quando o governo anunciou aquele pacote de corte de gastos públicos, aquilo foi mal recebido pelo mercado e o câmbio estourou”, disse.

O economista disse que a frustração do mercado com promessas não cumpridas, como a redução de gastos, impactou diretamente a cotação do dólar, que chegou a superar os R$ 6,00.

Embora a política fiscal ainda precise de ajustes, como afirmou Salto, ele acredita que o dólar pode continuar se ajustando para patamares mais baixos se o governo não cometer erros. “Provavelmente, a tendência, se o governo não der nenhum passo errado, é que a gente usufrua um pouco o ganho dessa apreciação do real.”

O economista também fez referência à importância da política fiscal na manutenção da estabilidade econômica. “O principal a fazer agora é cuidar do orçamento, porque o orçamento está totalmente desajustado”, afirmou, sugerindo que o governo deve focar em cortar gastos não obrigatórios para garantir a meta fiscal. Segundo ele, a implementação de um contingenciamento de R$ 35 bilhões é essencial para equilibrar as contas públicas.

Com os juros altos, disse ele, a economia brasileira deve desacelerar um pouco, o que pode favorecer a queda do dólar. “O dólar vai diminuir de preço. A taxa de câmbio deve diminuir. Isso ajuda a inflação”, disse, observando que cada 10% de redução na taxa de câmbio pode impactar em quase um ponto percentual na projeção do IPCA (índice de preços ao consumidor).

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