Dólar pode cair para R$ 5,50 até o fim do ano, afirma economista Felipe Salto
Publicado 27/01/2025 • 21:21 | Atualizado há 4 meses
Criadora de Assassin’s Creed, francesa Ubisoft despenca 18%, com lucros decepcionantes
Netflix afirma que seu plano com anúncios tem 94 milhões de usuários mensais ativos
Putin e Trump deixam Zelensky para trás e pulam negociações de paz na Turquia
Coinbase afirma que hackers subornaram funcionários para roubar dados de clientes
Centro-chave de IA na China restringe o uso da tecnologia por crianças em idade escolar
Publicado 27/01/2025 • 21:21 | Atualizado há 4 meses
KEY POINTS
Se o governo mantiver uma política fiscal estável e realizar os ajustes necessários, o dólar pode atingir valores próximos de R$ 5,50 a R$ 5,60 até o fim do ano, afirmou o economista-chefe e sócio da Warren Investimentos, Felipe Salto, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
Ele analisou os recentes movimentos do dólar e as projeções para o câmbio brasileiro, indicando que a queda da moeda americana pode ser uma tendência até o fim de 2025.
Salto afirmou que o movimento de valorização do real já é visível, mas disse que a queda do dólar não ocorre devido a uma melhora instantânea na situação fiscal. “A meu ver, lá no final do ano passado, quando o governo anunciou aquele pacote de corte de gastos públicos, aquilo foi mal recebido pelo mercado e o câmbio estourou”, disse.
O economista disse que a frustração do mercado com promessas não cumpridas, como a redução de gastos, impactou diretamente a cotação do dólar, que chegou a superar os R$ 6,00.
Embora a política fiscal ainda precise de ajustes, como afirmou Salto, ele acredita que o dólar pode continuar se ajustando para patamares mais baixos se o governo não cometer erros. “Provavelmente, a tendência, se o governo não der nenhum passo errado, é que a gente usufrua um pouco o ganho dessa apreciação do real.”
O economista também fez referência à importância da política fiscal na manutenção da estabilidade econômica. “O principal a fazer agora é cuidar do orçamento, porque o orçamento está totalmente desajustado”, afirmou, sugerindo que o governo deve focar em cortar gastos não obrigatórios para garantir a meta fiscal. Segundo ele, a implementação de um contingenciamento de R$ 35 bilhões é essencial para equilibrar as contas públicas.
Com os juros altos, disse ele, a economia brasileira deve desacelerar um pouco, o que pode favorecer a queda do dólar. “O dólar vai diminuir de preço. A taxa de câmbio deve diminuir. Isso ajuda a inflação”, disse, observando que cada 10% de redução na taxa de câmbio pode impactar em quase um ponto percentual na projeção do IPCA (índice de preços ao consumidor).
Mais lidas
Satisfeita com rebranding, Jaguar desmente fim de parceria com agência de publicidade
“O humor do mercado mudou e o Brasil voltou ao radar dos investidores”, diz Erasmo Battistella na Brazilian Week
Trump não quer que a Apple fabrique produtos na Índia: ‘Tive um probleminha com Tim Cook’
Competitividade no setor de açúcar e etanol cresce na Argentina, afirma diretor do Grupo Ledesma na Brazilian Week 2025
Positivo tem prejuízo líquido de R$ 12,6 milhões no 1º trimestre e reverte lucro de R$ 64,3 milhões