Dólar recua a R$ 5,37 e Ibovespa tem alta com mercados externos

O Ibovespa B3 fechou esta segunda-feira (27) em alta de 0,55%, aos 146.969 pontos, acompanhando o bom humor dos mercados externos e a leitura positiva do Boletim Focus, que trouxe nova redução das projeções de inflação para os próximos meses.

Entre os destaques do pregão, a Usiminas (USIM5) figurou entre as maiores altas do dia, com ganho de 10,12%, apoiada na valorização do minério de ferro na China e na melhora do sentimento em relação ao setor siderúrgico.

Ambev (ABEV3) avançou 0,17%, em dia de movimentos moderados entre as blue chips. Já GOL (GOLL54) recuou 0,75%, acompanhando o enfraquecimento do setor aéreo em meio à alta dos custos operacionais e incertezas sobre o ritmo da demanda.

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O avanço do principal índice da B3 foi sustentado também pelo desempenho positivo das bolsas de Nova York, que renovaram recordes diante da expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) após dados de inflação abaixo do esperado nos Estados Unidos.

O ambiente internacional mais favorável e a percepção de melhora no cenário doméstico mantiveram o apetite dos investidores por risco, com fluxo estrangeiro positivo.

A taxa DI permaneceu em 14,90%, enquanto o índice DI futuro ficou em 52.924,35 pontos, refletindo leve alívio na curva de juros.

Fora dos índices da B3, a Ambipar (AMBP3) teve uma forte recuperação, disparando 30,77%, após sucessivas quedas nas últimas semanas e expectativa de avanço em reestruturações internas.

Dólar recua com expectativa Brasil-EUA

O dólar recuou 0,42%, cotado a R$ 5,37, acompanhando o movimento global de enfraquecimento da moeda americana frente a divisas emergentes. O alívio foi impulsionado pela expectativa de avanço nas negociações comerciais entre Brasil e EUA, após o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump na Malásia.

Lula classificou a conversa como “surpreendentemente boa”, destacando que o Brasil manterá autonomia nas relações comerciais, inclusive com a China. Já Trump sinalizou disposição para revisar tarifas aplicadas ao Brasil e para firmar um acordo comercial. A melhora no tom diplomático, somada à revisão para baixo das projeções de inflação no Boletim Focus — com o IPCA suavizado em 12 meses recuando para 4,06% —, contribuiu para o otimismo nos mercados.

O Banco Central também realizou um leilão casado de swap reverso e venda de dólar à vista de até US$ 1 bilhão, o que ajudou a suavizar a demanda pontual por moeda americana nesta reta final de mês. A semana, no entanto, deve seguir com volatilidade por conta da disputa técnica pela taxa Ptax de outubro.

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Felipe Pjevac

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