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China acusa EUA de causar pânico sobre controle de terras raras e diz estar aberta ao diálogo
Publicado 16/10/2025 • 19:18 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 16/10/2025 • 19:18 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
Bandeiras dos EUA e da China
O Ministério do Comércio da China acusou os Estados Unidos de provocar “pânico” diante das restrições impostas por Pequim à exportação de minerais de terras raras, mas sinalizou que está aberta a negociações comerciais para resolver a disputa que ameaça reacender uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
“A interpretação dos EUA distorce e exagera seriamente as medidas da China, criando de propósito um clima de desentendimento e pânico desnecessário”, afirmou a porta-voz do Ministério do Comércio, He Yongqian, em coletiva de imprensa, segundo o jornal estatal Global Times.
Na semana passada, Pequim anunciou amplos controles sobre as exportações de terras raras, pouco antes do encontro previsto entre o presidente Donald Trump e o presidente Xi Jinping na Coreia do Sul. Trump ameaçou impor tarifas de 100% sobre produtos chineses a partir de 1º de novembro ou antes, como retaliação.
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Jamieson Greer, representante comercial dos EUA, afirmou em entrevista à CNBC, na terça-feira (14), que a China tenta controlar as cadeias globais de suprimentos de tecnologia. Segundo ele, as ações de Pequim vão definir se as tarifas realmente entrarão em vigor.
De acordo com Greer, Trump quer dialogar com Pequim e ainda está previsto para se reunir com Xi Jinping na Coreia do Sul ainda neste mês. Nesta quinta-feira (16), He Yongqian reiterou que a China está aberta ao diálogo com os Estados Unidos.
O Ministério do Comércio da China declarou que as restrições de exportação visam proteger a segurança nacional, evitando o uso indevido das terras raras em aplicações militares, como a fabricação de armas de destruição em massa.
O porta-voz He Yongqian também destacou as restrições impostas pelos EUA no setor de semicondutores e regras de conteúdo estrangeiro que buscam retirar Pequim das cadeias de suprimentos da América do Norte.
“As acusações dos EUA mostram que eles estão projetando nos outros o próprio comportamento que praticam”, afirmou He.
As terras raras são utilizadas na fabricação de ímãs essenciais para sistemas de armas norte-americanos, como o caça F-35, mísseis de cruzeiro Tomahawk e drones Predator. Esses ímãs também têm aplicações civis relevantes, como na robótica, nos veículos elétricos e na indústria de semicondutores.
Pequim domina a cadeia global de fornecimento de terras raras, e os Estados Unidos dependem da China para importar esses materiais. O governo Trump tem buscado criar uma cadeia de suprimentos doméstica independente de Pequim. Em julho, o Departamento de Defesa fechou um acordo com a MP Materials, maior mineradora de terras raras dos EUA, envolvendo participação acionária, preço mínimo garantido e contrato de fornecimento.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse à CNBC, na quarta-feira (15), que o governo Trump pode adquirir participação acionária em outras empresas após as restrições chinesas.
“Não ficaria surpreso”, afirmou Bessent. “Quando recebemos um anúncio como esse da China sobre terras raras, percebemos que temos que ser autossuficientes ou contar com nossos aliados.”
Bessent acusou a China de usar seu domínio no refino e processamento de terras raras para derrubar preços e eliminar concorrentes estrangeiros. Segundo ele, a administração Trump vai estabelecer preços mínimos em vários setores para combater a manipulação de mercado feita por Pequim.
“Quando você lida com uma economia que não segue as regras de mercado, como a China, precisa adotar uma política industrial”, declarou Bessent durante o Fórum Investir na América da CNBC, em Washington, D.C.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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