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Gigantes da tecnologia chinesa revelam como estão lidando com as restrições de chips dos EUA para permanecer na corrida da IA

Publicado 26/05/2025 • 07:16 | Atualizado há 1 dia

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • As gigantes tecnológicas chinesas Tencent e Baidu revelaram como se mantém na corrida global pela inteligência artificial, mesmo com os EUA reforçando algumas restrições sobre semicondutores importantes.
  • Os métodos incluem estocar chips, tornar os modelos de IA mais eficientes e até mesmo usar semicondutores desenvolvidos internamente.
  • Washington continua a restringir o acesso da China aos chips Nvidia e AMD para IA.
Baidu e Tencent relevaram desafios diante do tarifaço imposto pelos EUA

Baidu e Tencent relevaram desafios diante do tarifaço imposto pelos EUA

Cido Coelho/Times Brasil | CNBC/Imagem gerada por IA

Tencent e Baidu, duas das maiores empresas de tecnologia da China, revelaram como estão se mantendo na corrida global de inteligência artificial, mesmo com os EUA reforçando algumas restrições sobre semicondutores importantes.

Os métodos da empresa incluem estocar chips, tornar os modelos de IA mais eficientes e até mesmo usar semicondutores desenvolvidos internamente.

Embora a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, tenha descartado uma polêmica regra de chips da era Biden, ainda restringiu as exportações de alguns semicondutores de empresas como a Nvidia e AMD em abril.

Grandes nomes do setor abordaram o assunto durante suas últimas teleconferências de resultados.

Martin Lau, presidente da Tencent — operadora do maior aplicativo de mensagens da China, o WeChat — disse que sua empresa possui um “estoque bastante robusto” de chips adquiridos anteriormente. Ele se referia às unidades de processamento gráfico (GPUs), um tipo de semicondutor que se tornou o padrão ouro para o treinamento de modelos de IA de grande porte.

Esses modelos exigem grande poder de computação fornecido por GPUs para processar altos volumes de dados.

Mas, disse Lau, ao contrário da crença das empresas americanas de que os clusters de GPU precisam se expandir para criar uma IA mais avançada, a Tencent consegue obter bons resultados de treinamento com um grupo menor desses chips.“Isso realmente nos ajudou a analisar nosso estoque existente de chips de ponta e dizer que teríamos chips de ponta suficientes para continuar nosso treinamento de modelos por mais algumas gerações”, disse Lau.

Em relação à inferência — o processo de realmente executar uma tarefa de IA em vez de apenas treinar — Lau disse que a Tencent está usando “otimização de software” para melhorar a eficiência, a fim de implementar a mesma quantidade de GPUs para executar uma função específica.

Lau acrescentou que a empresa também está estudando o uso de modelos menores que não exijam tanto poder computacional. A Tencent também afirmou que pode utilizar chips e semicondutores personalizados atualmente disponíveis na China.

“Acredito que há muitas maneiras pelas quais podemos atender às crescentes e crescentes necessidades de inferência, e precisamos continuar explorando esses espaços e provavelmente dedicar mais tempo ao software, em vez de simplesmente comprar GPUs à força”, disse Lau.

A abordagem do Baidu

A Baidu, maior empresa de buscas da China, divulgou o que chama de recursos “full-stack” — a combinação de sua infraestrutura de computação em nuvem, modelos de IA e os aplicativos reais baseados nesses modelos, como seu chatbot ERNIE.

“Mesmo sem acesso aos chips mais avançados, nossos recursos exclusivos de IA full stack nos permitem criar aplicativos fortes e entregar valor significativo”, disse Dou Shen, presidente da divisão de IA em nuvem da Baidu, na teleconferência de resultados da empresa desta semana.

A Baidu também destacou a otimização de software e a capacidade de reduzir o custo de execução de seus modelos, já que detém grande parte da tecnologia nesse conjunto. A diretoria da Baidu também falou sobre eficiências que lhe permitem extrair mais das GPUs que possui.

“Com os modelos de base aumentando a necessidade de um poder de computação massivo, as habilidades para construir e gerenciar clusters de GPU em larga escala e utilizar GPUs de forma eficaz se tornaram vantagens competitivas importantes”, disse Shen.

O executivo da Baidu também elogiou o progresso feito pelas empresas de tecnologia chinesas em semicondutores de IA, uma medida que, segundo ele, ajudaria a mitigar o impacto das restrições aos chips nos EUA.

“Chips autossuficientes desenvolvidos internamente, juntamente com uma pilha de software nacional cada vez mais eficiente, formarão uma base sólida para inovação de longo prazo no ecossistema de IA da China”, disse Shen.

Foco em chips domésticos da China

A China vem acelerando o desenvolvimento de chips projetados e fabricados em seu território nos últimos anos. A maioria dos especialistas concorda que Pequim permanece, em geral, atrás dos EUA no segmento de GPUs e chips de IA, mas houve alguns avanços.

Gaurav Gupta, analista de semicondutores da Gartner, disse que a estocagem é uma forma das empresas chinesas lidarem com as restrições à exportação. Além disso, houve algum progresso na tecnologia de semicondutores na China, mesmo que ainda esteja atrás dos EUA, acrescentou Gupta.

“A China também vem desenvolvendo seu próprio ecossistema doméstico de semicondutores, desde materiais e equipamentos até chips e embalagens. Diferentes segmentos têm alcançado níveis variados de progresso, mas a China tem sido surpreendentemente extremamente consistente e ambiciosa nesse objetivo, sendo preciso admitir que eles alcançaram um sucesso considerável”, disse Gupta à CNBC por e-mail.

“Isso fornece uma oportunidade para eles adquirirem chips de IA, que talvez não consigam competir com os dos líderes de chips dos EUA, mas continuam a progredir.”

Muitos executivos americanos têm instado Washington a eliminar as restrições à exportação diante do progresso da China. O CEO da Nvidia, Jensen Huang, classificou as restrições como um “fracasso” esta semana, afirmando que estão causando mais danos às empresas americanas do que à China.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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