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Financial Times compara Trump a ‘imperador do Brasil’ e critica pressão sobre julgamento de Bolsonaro
Publicado 22/07/2025 • 11:47 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 22/07/2025 • 11:47 | Atualizado há 4 meses
KEY POINTS
Um artigo de opinião publicado nesta terça-feira (22) no jornal britânico Financial Times acusou o presidente americano Donald Trump de se portar como um “imperador do Brasil”, em crítica ao uso de ameaças comerciais contra o país em defesa de Jair Bolsonaro, que enfrenta julgamento por sua tentativa de golpe de estado para reverter o resultado da eleição de 2022.
Assinado pelo colunista Edward Luce, o texto afirma que a pressão de Trump para suspender o processo contra Bolsonaro — incluindo a promessa de tarifas de 50% às exportações brasileiras — representa um padrão preocupante de interferência em democracias estrangeiras, com base em afinidades ideológicas com líderes autoritários.
“Trump foi eleito para ser presidente dos Estados Unidos, não imperador do mundo”, afirma o artigo, citando uma frase do próprio presidente Lula.
Pressão direta ao Judiciário brasileiro
Luce destaca que a pressão de Trump foi seguida por uma medida inédita do secretário de Estado americano, Marco Rubio, que proibiu a entrada nos EUA do ministro Alexandre de Moraes, responsável por julgar Bolsonaro. A atitude é descrita como um “momento de choque” vindo de um político que já foi defensor da democracia e do Estado de Direito.
Segundo o texto, punir o sistema judicial de uma democracia por aplicar a lei representa uma inversão completa do papel que os EUA historicamente desempenharam — ao menos no discurso — como defensores de instituições democráticas no mundo.
Ajudando Lula sem querer
O artigo também denuncia a incoerência da medida comercial. Trump afirma agir para defender Bolsonaro, mas a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros afetaria diretamente exportadores de carne e café, setores onde o ex-presidente ainda tem apoio. O efeito, ironiza Luce, seria justamente fortalecer politicamente Lula, e não enfraquecê-lo.
Além disso, lembra o autor, os EUA têm superávit comercial com o Brasil, o que, sob a lógica protecionista de Trump, tornaria o país isento de retaliações comerciais. O uso da tarifa, neste caso, seria motivado por questões ideológicas — e não econômicas.
Padrão autoritário
O colunista do FT vê na atuação de Trump um padrão de admiração e recompensa a líderes autoritários, como o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan, que não recebeu qualquer punição comercial mesmo após prender prefeitos da oposição.
Para Luce, Trump não está apenas abandonando o papel dos EUA como referência democrática, mas ativamente promovendo o autoritarismo como modelo internacional. Segundo o texto, esse movimento deveria alarmar outras democracias — e até mesmo os próprios assessores protecionistas de Trump, que veem as tarifas como instrumento para fortalecer a indústria americana, não para proteger aliados políticos.
“Trump usa tarifas conforme seu gosto pessoal. E ele, como se sabe, tem uma queda por homens fortes”, conclui o artigo.
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