Trump cita Brasil como um dos países que cobram muitas tarifas e que querem ‘prejudicar’ os EUA
Publicado 28/01/2025 • 12:01 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 28/01/2025 • 12:01 | Atualizado há 4 meses
KEY POINTS
Donald Trump em 19 de janeiro de 2025.
Jim Watson / AFP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na segunda-feira (27), em evento para republicanos na Flórida, que o Brasil está entre os países que cobram muitas tarifas e que querem “prejudicar” o país.
“A China é um grande criador de tarifas, assim como a Índia, o Brasil e muitos outros países. Não vamos permitir que isso continue, porque vamos colocar os Estados Unidos em primeiro lugar”, afirmou Trump.
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Trump disse que o governo vai “colocar tarifas em países estrangeiros e em pessoas de fora que realmente nos fazem mal”. No discurso, o presidente enfatizou a ideia de aumentar a taxação das importações para colocar os Estados Unidos em “primeiro lugar”.
“Em vez de tributar nossos cidadãos para enriquecer nações estrangeiras, devemos tarifar e tributar as nações estrangeiras para enriquecer nossos cidadãos”, afirmou.
De acordo com Trump, o aumento de tarifas para países estrangeiros possibilita uma diminuição nos impostos sobre os trabalhadores e empresas estrangeiras. Assim, “um grande número de empregos e fábricas voltarão para casa”, afirmou.
O modelo econômico proposto por Trump também incentiva que empresas estrangeiras montem as suas unidades nos EUA a fim de evitar tarifas. “Se você quiser parar de pagar impostos ou tarifas, terá que construir sua fábrica bem aqui nos Estados Unidos”, disse. Ele destacou o apoio principalmente para a indústria farmacêutica, de semicondutores e de aço.
Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. Em comparação, o Brasil é o 18o maior exportador para os EUA. Os EUA são responsáveis por 11,97% do volume exportado ao Brasil, com cerca de US$ 40,3 bilhões.
Por outro lado, o Brasil consome mais produtos americanos do que exporta: o País importou R$ 40,5 bilhões em produtos dos EUA em 2024. Trata-se, portanto, de um déficit de US$ 253 milhões na balança comercial entre os dois países.
Nos últimos dias, as relações entre os EUA e países latinos ficaram mais complicadas. No fim de semana, o presidente americano protagonizou uma queda de braço com o colombiano Gustavo Petro, que negou a entrada de dois aviões com imigrantes deportados. Ameaçado de tarifas e sanções, Petro recuou e concordou em receber seus cidadãos de volta.
Além disso, um voo de brasileiros ilegais que relataram maus-tratos chegou a Manaus no sábado, 25. O Brasil repudiou o tratamento aos cidadãos brasileiros e tenta negociar condições melhores para o retorno dos seus cidadãos. O diálogo, contudo, deve ser difícil.
Trump deixou claro como vê as relações com a América Latina, especificamente com o Brasil, no seu retorno à Casa Branca: “Eles precisam de nós. Muito mais do que nós precisamos deles. Não precisamos deles”.
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