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Governo é surpreendido por manobra de Hugo Motta contra aumento do IOF; votação acontece hoje
Publicado 25/06/2025 • 17:01 | Atualizado há 10 horas
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Publicado 25/06/2025 • 17:01 | Atualizado há 10 horas
KEY POINTS
A decisão do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) de antecipar a votação que pode derrubar o aumento do IOF surpreendeu o governo federal e evidenciou a dificuldade da articulação política do Planalto para conter movimentos independentes na Câmara.
A ação foi organizada sem consulta prévia aos líderes partidários e contrariou a expectativa de que o tema seria discutido apenas em julho.
Segundo a analista de política do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Julia Lindner, o governo e os líderes partidários foram pegos desprevenidos. Ela relatou que, pela manhã, não havia compreensão sobre o que motivava a movimentação de Motta, que atuou de forma isolada para evitar vazamentos e assumiu pessoalmente a divulgação da iniciativa.
O episódio, na avaliação da comentarista, agravou o ambiente de instabilidade no Congresso e abriu nova crise na relação entre o Palácio do Planalto e a Câmara. Lindner afirmou que, além do impasse em torno do IOF, o movimento reflete articulações antecipadas para as eleições de 2026 e o descontentamento com a liberação de emendas parlamentares, que está abaixo do esperado.
Motta foi eleito com o apoio do Planalto. Lindner explica que, à época, o governo não tinha força política para lançar um candidato próprio e optou por apoiar o nome apadrinhado por Arthur Lira (PP-AL), para evitar maior isolamento na Casa.
A antecipação da votação ocorreu em meio a reclamações de parlamentares sobre o ritmo de liberação de recursos. O governo, até agora, liberou menos de R$ 1 bilhão de um total de R$ 50 bilhões previstos para o ano, o que aumentou o descontentamento na Câmara e no Senado.
Para Lindner, o gesto de Motta teve o respaldo de outros líderes do Centrão e de senadores, como Davi Alcolumbre (União-AP), e foi mais um indicativo da dificuldade do Executivo em manter controle sobre a pauta legislativa. Ela afirmou que o deputado tem o apoio de nomes ligados à oposição, como Ciro Nogueira e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, e que sua postura tende a se consolidar nos próximos meses.
A analista lembrou ainda que há expectativa para uma reunião nesta sexta-feira (27) no Supremo Tribunal Federal, com a participação de Motta, Alcolumbre e o ministro Flávio Dino, para discutir as regras de liberação das emendas parlamentares. A tendência, segundo ela, é de que o encontro reforce a insatisfação do Legislativo com qualquer tentativa de restrição no repasse de recursos.
Para Lindner, o episódio revela a dificuldade do governo em conter os avanços do Centrão, que, em momentos decisivos, impõe votações sem negociação prévia. Na avaliação da comentarista, embora o Planalto tente sinalizar disposição para o diálogo, a base de sustentação no Congresso segue instável e o Executivo permanece refém da dinâmica imposta pelas lideranças das duas Casas.
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O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, não conseguiu falar com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), após o anúncio via X de pautar o projeto que derruba o decreto com mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A declaração foi dada em entrevista nesta quarta-feira (26), à Globonews.
O deputado reiterou que o governo federal foi surpreendido pela tomada de decisão de Motta, principalmente após a reunião entre o presidente da Câmara, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Ele reiterou que Motta está cometendo um grande erro e que a consequência imediata é um contingenciamento imediato de R$ 12 bilhões, pois a oposição quer “tirar dinheiro” do Planalto. “É uma espécie de estrangulamento do governo do presidente Lula. Eu acho que a gente não pode antecipar a eleição de 2026 para este momento”, disse Lindbergh. “Estão querendo passar um recado. Eu acho que estão passando um recado ruim ao Brasil.”
Segundo o deputado, os fatores que influenciaram a reviravolta contra o Executivo envolve uma questão do lobby das empresas de setores econômicos. O petista disse ainda que haverá uma audiência pública sobre emendas parlamentares na próxima sexta-feira (27), convocada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino.
“Se cortar mais R$ 12 bilhões este ano, você corta programa social, e a nossa alternativa é muito razoável: cobrar um pouco dos que ganham mais. (…) Tem que tributar os mais ricos, aquele 0,01% da população brasileira”, diz Lindbergh. “Espero que tenha uma reviravolta porque aqui todo mundo vai perder (…) Nós estamos abertos para discutir corte de despesa.”
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