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Taxas de juros abandonam queda e avançam com previsões de Copom mais agressivo
Publicado 05/12/2024 • 20:23 | Atualizado há 7 meses
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Publicado 05/12/2024 • 20:23 | Atualizado há 7 meses
KEY POINTS
Cédulas do real
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Os juros futuros encerraram a quinta-feira (5) em alta, mais pronunciada nos vencimentos de curto e médio prazos, reduzindo a inclinação para a curva.
A aprovação do pedido de urgência aprovado ontem pela Câmara para a tramitação das duas propostas do pacote fiscal conseguiu produzir alívio da curva até meados da tarde, mas depois o efeito se esvaiu e o mercado começou a sentir o impacto de uma série de revisões para Selic divulgadas nesta véspera de data crítica para a inserção de projeções no Boletim Focus.
Além disso, o dólar também reduziu a queda e voltou a rodar na casa de R$ 6.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 encerrou em 14,19%, de 14,12% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2027 subiu de 14,33% para 14,43%. O DI para janeiro de 2029 terminou em 14,14%, de 14,10%.
Apesar da piora na etapa vespertina, a curva continuou mostrando redução da inclinação, embora com perda qualitativa em relação ao que se via pela manhã, quando todas as taxas estavam em baixa, mais acentuadamente na ponta longa.
O aval da Câmara para uma tramitação mais acelerada dos projetos encaminhados pelo Executivo serviu de argumento para um ajuste à escalada das taxas vista recentemente, embora nada de mais concreto tenha vindo do noticiário fiscal. Tanto que a correção não sobreviveu até o fechamento e a curva voltou a piorar.
O economista e head de Alocação da W1 Capital, Victor Furtado, afirma que a possibilidade de as propostas andarem de forma direta, sem passar pelas comissões, mostra o senso de urgência por parte do Legislativo que o mercado cobrava do Executivo, que parece ter utilizado a medida do aumento da isenção da faixa do Imposto de Renda para R$ 5 mil como uma “máscara” para as medidas de corte de despesas. “Com isso, houve uma reprecificação do pessimismo exacerbado na ponta longa. Porém, os próximos meses configuram um período mais inflacionário, complicado para a desancoragem das expectativas, o que pesa nas taxas até 2027”, diz.
Outro vetor que ajudava pela manhã e reduziu sua contribuição para o alívio da curva à tarde foi o dólar. A moeda ganhou força e o câmbio não conseguiu fechar abaixo de R$ 6. Há grande preocupação com a influência da cotação sobre os preços num período sazonalmente já complicado para a inflação, dadas as festas de fim de ano e no começo do ano, pela pressão típica nos in natura e preços de serviços com reajustes em Educação.
No meio da tarde, as taxas até o miolo da curva passaram a renovar máximas, chegando a subir mais de 10 pontos, ao mesmo tempo em que saíam revisões para cima na trajetória da Selic. Amanhã é data crítica para os economistas ajustarem suas previsões no Boletim Focus, antes do Copom do dia 11.
O economista-chefe da Itaú Asset, Thomas Wu, afirmou que a instituição vê a taxa em 15% com inflação de 6% em 2025. O Deutsche Bank projeta que o Copom elevará a dose para 100 pontos-base na reunião da próxima semana, com a possibilidade de que mantenha esse ritmo caso o real continue enfraquecido. O banco estima a Selic em 14,50% no fim do ciclo. Outra instituição que revisou sua estimativa foi o C6 Bank, elevando a previsão da Selic terminal de 12,50% para 13,75%.
A pesquisa do Projeções Broadcast com 65 instituições mostra que 48 esperam avanço de 75 pontos; 14, de 100 pontos; e apenas 5 preveem nova elevação de 50 pontos, entre estas o Bradesco.
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